ISRAEL E O Tempo do Fim
Por que devemos olhar para Israel para os assuntos proféticos? Na profecia bíblica o que ainda precisa acontecer naquela região? Hoje saberemos mais sobre esse assunto, inaugurando nossa Série: “Israel o Relógio de Deus”.
Israel, Jerusalém e o Templo
Se olharmos para os cumprimentos proféticos, como cristãos com algum critério nas economias dispensacionais de Deus, sabemos que Israel precisaria voltar a ser uma nação para o cumprimento de muitas profecias bíblicas, entre elas a fuga da Judeia para os montes (Mateus 24.16); a abominação inserida no Templo Sagrado dos judeus (Mateus 24.15), a perseguição judaica sobre a administração do malvado governante mundial, o oitavo rei, além dos preâmbulos de tudo isso.
Devido a tais eventos, nos impressiona os muitos eruditos do passado que acreditavam nas profecias bíblicas, como R. Govett, J. N. Darby, G. H. Pember, W. Kelly, A. Miller, B. Newton e muitos outros irmãos do Brethren Movement, preverem com muita propriedade a criação do estado de Israel; Govett, por exemplo, em seu livro: “A Profecia no Monte das Oliveiras”, publicado em 1848, cerca de 100 anos antes, dizia claramente que Israel voltaria a ser uma nação na região da Palestina. Como eles estavam com uma visão bem longe.
Mas, a interpretação da profecia bíblica desses vultos do século xix não se destinava a tão somente ver o estado de Israel, mas também igualmente ver Jerusalém sob o controle da nação judaica; o primeiro aconteceu em 1948;1 o segundo em 19672. Ambas cumpridas rigorosamente.
Todavia, haveria mais um evento para culminar naquilo que muitos estudiosos bíblicos chamam de a a última semana de Daniel, isto é, a construção do Templo Sagrado dos judeus; tanto Govett quanto Pember, por exemplo, defendiam todo o processo profético com a terra de Israel devidamente estabelecida; seria, assim, para primeiro, cobrir profecias pendentes; segundo, para ter o território que permitiria o levantamento do que convencionou-se chamar de “Terceiro Templo”.
Do que vimos até agora nos cumprimentos proféticos: Israel Nação, Jerusalém Sob Controle Judaico e o Terceiro Templo, os dois primeiros já se cumpriram respectivamente em 1948 e 1967; faltando apenas o terceiro evento. Ainda voltando aos eruditos mencionados, eles não haviam visto nenhum dos três, fico imaginando como esses homens piedosos estariam acompanhando todo este cenário, hoje.
Desses três eventos culminantes, dois terços já se encaminharam, tudo indica que algo acontecerá em breve, a iminente aparição de um “rei” o sétimo, que existia e não é (Apocalipse 17.11), pois terá que deixar seu cadáver receber uma personalidade maligna do submundo dos mortos, para agir com tamanha severidade e chocar o mundo, aliás dominá-lo.
Estamos a um terço de sua manifestação, me refiro em termos geopolíticos, pois sim, o Domo da Rocha terá que dar lugar ao Templo dos judeus. De outro modo a abominação não será colocada no santo lugar. O que equivale a dizer que para o Anticristo operar, e de fato a Última Semana de Daniel encontrar seu curso final de cumprimento, não basta ter Israel e Jerusalém, é necessário o Terceiro Templo. A dúvida que paira no ar é: “os filhos de Deus precisam ver esse último terço?”, temo que se vermos, talvez seja porque perdemos algo importante nesse cenário todo (leia Apocalipse 12.5).
Que fique essa nossa reflexão, a “Semana Paralisada”, precisa voltar a ser considerada e contada, o que na linguagem do Apocalipse representa o rompimento do 5º selo, afinal, a petição da vingança é ouvida (Apocalipse 6.10), claro sinal que as atenções dispensacionais voltaram para os judeus e consequentemente a Semana Pendente entra em vigor de cumprimento; e, para tal, Israel, Jerusalém e o Templo devem coexistir; dos três eventos, dois já se tornaram realidade, resta saber se veremos o terceiro. Que este último sucederá não tenha dúvida, a questão que fica é, queremos vê-lo?
Que o Senhor seja nossa Luz.