Nascer da Água, e a Exclusão do Reino

A eficácia da veracidade espiritual do batismo. A realidade do Batismo e do Reino
Nascer da Água e do Espírito

Nascer da Água e do Espírito

“Respondeu-lhe JESUS: Decerto, decerto te digo: A menos que alguém seja nascido de água e do Espírito, não pode entrar no reino de DEUS”.  [João 3.5 – btx].

Argumentação

Jesus, o Nazareno Bendito, disse que é necessário nascer da água. É muito complicado cravarmos uma visão sobre esse assunto sem utilizar algum conceito de doutrina; por isso, esse comentário é — de todo — meu sentimento, acerca da matéria, de que o nascer da água é o batismo.

Alguns argumentam que se refere à Palavra, aquela mencionada por Paulo como a lavagem da Igreja para purificação (Efésios 5.26); não obstante, até mesmo isso eu considero como um tipo de batismo. Todavia, não quero aprofundar muito nesse ponto. Meu objetivo é realizar a distinção adequada entre Palavra e Batismo, para que possamos continuar com alguma clareza. 

A Distinção da Palavra e o Nascimento da Água

Minha compreensão é de que a Palavra [tanto a escrita quanto a viva] não seja um componente da para nascimento, pois neste contexto mencionado por Jesus, como podemos verificar em João 3.3, alguém já havia experimentado um novo nascimento, indicando que essa pessoa era alguém que tinha crido.

Para mais, surge a questão de como seria possível nascer da Palavra em um segundo nascimento. Quando e como isso ocorreria? Seria necessário dedicar-se à leitura frequente da Bíblia? Memorizar versículos? Ou a Palavra deveria nos alcançar de forma direta, à semelhança do que ocorreu com os Profetas do Antigo Pacto? Parece não haver nada no ensinamento dos apóstolos e do Senhor Jesus que justifique um nascimento a posteriori pela Palavra, levando-nos a crer que seria difícil determinar quando isso aconteceria.

Se argumentarmos que tanto o nascer de novo quanto o nascer da água (que seria a Palavra) e o nascer do Espírito são todos um único nascimento ou evento único, estaríamos tratando as palavras do Senhor como mera redundância ou metáforas poéticas, como se o Senhor fosse prolixo ao dizer apenas que o indivíduo foi regenerado.

Além disso, o verbo utilizado (quanto ao Reino) no “nascer de novo” é o ver, o que significa que um filho de Deus pode ver o Reino ao nascer de novo.

Quanto ao nascer da água, o verbo muda e passa a ser entrar. Ambos os verbos estão relacionados com o Reino. O Reino é o centro, os verbos orbitam em torno dele. O primeiro indica que o nascido de novo pode ver, deixando claro que ninguém que é do mundo verá o Reino; somente quem pode ter a visão é o nascido de novo, o filho de Deus. O segundo indica que o filho de Deus pode entrar no Reino.

O que me chama a atenção é que ambos os verbos, mesmo aplicados aos filhos de Deus, se tratam apenas de possibilidades e não de garantias. 

...Não pode ver o Reino de Deus...
...Não pode entrar no Reino de Deus...
(sempre os grifos são meus).

A expressão “Não pode” representa uma possibilidade; o texto não afirma simplesmente “Não”, como em “Não verá” ou “Não entrará”. Isso ocorre porque, embora o novo nascimento assegure a possibilidade de ver, na realidade, ele garante isso apenas como uma probabilidade, assim como o nascimento da água garante uma possibilidade de entrada.

Ao inverter a afirmação, obtemos o seguinte resultado: se alguém não nascer de novo, nunca verá, e se não nascer da água, jamais entrará. Isso implica que nem mesmo a possibilidade pode ser considerada, o que sugere a ausência de garantia para essa possibilidade e a inexistência de qualquer probabilidade remota de que ela ocorra.

Está mais que claro que essa palavra nunca caberá a quem está debaixo das asas de Satanás, o príncipe desta era. 

O Reino

Muitos podem indagar de qual esfera do Reino o Senhor está aplicando ao texto. Uns dirão que é a esfera espiritual do Reino, ou seja, sua verdade espiritual; outros dirão que é o Reino literal manifestado na inauguração milenar. Contudo, atrevo-me a dizer que são ambos.

O ato de “ver” está relacionado à esfera espiritual, pois ao se libertar da influência do Inimigo e passar pelo novo nascimento no espírito, isso não implica automaticamente que alguém esteja imediatamente dentro do Reino, cumprindo total obediência ao Senhor. Às vezes, pode até parecer o contrário, pois há muitos que nasceram do alto e, no entanto, se comportam de maneira contrária aos princípios do Reino, assemelhando-se a filhos do Diabo, embora sejam, de fato, filhos de Deus, uma vez que em algum momento invocaram o Nome do Senhor.

Essa pessoa, sem dúvida, está agindo de fora do Reino, permanecendo aquém dele. Ela tem a capacidade apenas de observar o Reino, o ambiente onde o governo de Cristo é exercido. Ela pode testemunhar a Igreja obedecendo ou outro filho de Deus atuando pelo Espírito Santo e pode confirmar esses eventos. De fato, pode fazê-lo, pois isso é revelado a ela de forma imperfeita, mas suficiente para afirmar: “Ela fez a vontade d’Ele” ou “aquele agiu no Senhor”. Todavia, ela está limitada a apenas observar, não fazendo parte dessa esfera; ela permanece do lado de fora, podendo tão somente ver. Há muitos filhos de Deus nessa posição nos dias de hoje.

Por ser filha ou filho, é dado a ela uma mínima capacidade de ver, embora, mesmo sendo filha ou filho, esse irmão ou irmã possa ainda não ser capaz de ver, uma vez que o ato de ver é uma possiblidade e não uma garantia. Não é de se admirar mesmo entre os salvos e filhos de Deus a incapacidade de discernir as obras do Senhor.

Estar sob o Governo do Espírito Santo é atuar nesta verdade espiritual do Reino antes que ele venha em manifestação física e literal. Isso quer dizer que você entrou nele, está imerso nele; isso é espiritual e real, mas ainda não é o milênio. Portanto, o “ver” e o “entrar” contemplam uma realidade espiritual que antecede a manifestação milenar, sem dúvida alguma.

Contudo, o “ver” e o “entrar” também atuarão na esfera literal, espiritual e dispensacional quando o Senhor vier pela segunda vez. Olhem esta passagem:

“Quando o dono da casa se tiver levantado e houver fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta, e ele vos responder: Não sei donde sois”.

Notou que há um sujeito? Sim, é o “dono da casa”. Isso pode nos trazer muita clareza de que os que ficaram do lado de fora eram frequentadores da casa. Você pode discordar, pois o dono da casa diz: “não sei de onde sois”. Agora, examinemos o próximo versículo, o 26: 

“Então, começareis a dizer: Nós comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas ruas.”

É importante notar que, embora o dono da casa tenha declarado que não sabia de onde essas pessoas vinham, isso não implica que ele não tinha conhecimento da existência delas; na verdade, ele as conhecia. O Senhor não sugeriu que eles estavam mentindo ao afirmar, no versículo anterior, que haviam comido, bebido e sido ensinados. Ao contar essa parábola, Jesus Cristo apenas enfatizou que o dono da casa não os reconheceu.

É evidente que esse reconhecimento está relacionado à aprovação, indicando que aqueles excluídos haviam agido de maneira reprovável, levando o Senhor a não reconhecê-los ou saber de onde vieram.

Mas há um fato: eles comiam e bebiam na casa e eram ensinados nas ruas. Portanto, faziam parte da casa, do koinos, da família. Esse assunto parece ser uma questão de família, e não conhecer significa não conhecer como filhos; embora fossem filhos, agiam como pessoas desse mundo a ponto de o dono da casa não os reconhecer mais.

Outro detalhe importante é que os excluídos sabiam onde era a casa e batiam na porta, o que significa que, quando a porta não estava fechada, tinham acesso à presença do dono da casa, assim como se alimentavam ali.

Não saber “de onde eram” é um forte indicativo de que o lugar onde esses da casa estavam vivendo ou frequentando era reprovável para o dono da casa. Ele não sabia de onde vieram, pois não os conhecia mais, devido ao estado em que estavam.

O ato de comer e beber revela alguma intimidade, e o ato de ser ensinado nas ruas revela algum aprendizado, embora seja frágil. Penso também que aprender na rua indica insensatez ou pelo menos falta de proximidade. É um ensinamento mais amplo e menos íntimo, mas ainda assim era um ensinamento. Será que o Senhor perderia tempo ensinando o mundo? Será que o Senhor acolheria o mundo em sua casa para comer e beber com Ele?

É realmente de alta discrepância admitir que esses da parábola não fazem parte da família, não são filhos. Sigamos com os próximos versículos:

“Ele vos dirá: Não sei donde sois; retirai-vos de mim, todos vós os que praticais a iniquidade. Ali haverá o choro e o ranger de dentes, quando virdes, no reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas e vós, excluídos dele.”

Aqui não diz que eles foram lançados no lago de fogo e mergulhados no fogo e enxofre, como acontecerá com o Anticristo e o falso profeta. Primeiramente, permita-me dizer que eles choraram e rangeram os dentes, o que é um sinal claro de contrição e penitência. Alguém no fogo não teria tempo, nem desejo de se arrepender; tais indivíduos nem mesmo teriam mente para pensar em chorar. Se considerarmos o fogo de forma literal, eles estariam gritando, não chorando.

O lugar chamado de “Ali” onde há choro e ranger de dentes em Mateus é referido como “Trevas exteriores”. Trevas é um lugar escuro onde o juízo é aplicado, pois ali há ausência de luz. Esse lugar não é a condenação eterna; é um lugar de trevas que tem um tratamento.

No Egito, antes da morte dos primogênitos, houve trevas; depois, a morte. Embora as trevas não dominassem Israel, os filhos de Israel a presenciaram. Isso prova que Israel estava no lugar errado, num lugar de juízo e que, portanto, precisava sair dali, pois era um lugar de trevas, e os israelitas precisavam ser salvos daquele lugar.

O choro, o ranger de dentes, o ficar de fora e a presença das trevas são elementos que acontecem devido a um único fator. Vamos voltar nossos olhos para o começo do versículo 28:

“Ali haverá choro e o ranger de dentes, quando virdes, no Reino de Deus, Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas e vós excluídos dele. ”

[grifos meus].

O motivo do choro, na verdade, são dois: o “quando virdes” e o “excluídos dele”.

Eles foram capazes de avistar Abrahão, Isaque, Jacó e todos os profetas, mas sua experiência se limitou à observação, e o que estavam eles observando? O Reino de Deus. Neste ponto, o Reino transcende a mera veracidade espiritual, tornando-se uma manifestação física e literal, um estágio dispensacional — o Milênio. O choro deles decorre da contemplação, mas não apenas dela,  também da impossibilidade de entrar; o fato de não poderem adentrar é o que os torna “excluídos dele”.

Voltemos ao começo do nosso estudo; não disse o Senhor Jesus a Nicodemos que era necessário nascer de novo para ver o Reino? Se considerarmos isso, temos que admitir que aqueles que viram Abrahão não eram apenas meros judeus que perderam a chance de desfrutar do Reino Messiânico. Eles eram nascidos de novo, pois apenas eles teriam a possibilidade de ver o Reino.

O que posso inferir desses excluídos é que eram filhos e, por serem filhos, estavam sob disciplina para santificação, como nos ensina Hebreus 12. Eles podiam ver o Reino, mas não entrar.

A impossibilidade de entrar pode ser interpretada como um indício de que essas pessoas não nasceram da água — embora tenham experimentado um novo nascimento —, visto que Jesus enfatizou a necessidade de nascer da água para adentrar. É importante reconhecer que há diversas outras considerações a serem levadas em conta para além do simples “nascimento da água”, por isso haverá o Tribunal de Cristo. Entretanto, o nascimento da água representa o primeiro estágio na avaliação dessa entrada no Reino. 

Nascer da Água é o Batismo

Ao que tudo indica, o “nascer da água” se refere de fato ao batismo. Quando somos batizados, somos libertos da esfera de influência de Satanás, como se tivéssemos deixado para trás a Terra do Egito. É importante observar que os israelitas, antes de deixarem o Egito, foram protegidos pelo sangue do cordeiro Pascal, simbolizando a salvação da morte iminente do primogênito. Contudo, mesmo após esse evento, ainda permaneciam no Egito. O sangue desempenha um papel primordial, pois nos regenera em Cristo pelo Espírito, revelando que houve uma vítima inocente que, ao assumir meu lugar, sofreu a justa punição que cabia a mim, proporcionando assim a minha salvação. Todavia, em seguida, deve vir a água.

Por isso, eles passaram pelas águas do mar e foram batizados em Moisés, isso lhes concedeu salvação do domínio de Faraó, deixaram de ser escravos do Príncipe do Egito.

Eles foram como que sepultados para o Egito; após passarem pelas águas, nunca mais poderiam voltar para lá. Essa ação aponta para uma espécie de nascimento, pois é semelhante à pergunta de Nicodemos: “Como posso voltar ao ventre de minha mãe?” Essa questão se aplica ao nascimento físico, pois uma vez que alguém nasce, torna-se imutável e não pode retornar ao estado anterior. A compreensão dessa verdade foi tão profunda que Estevão, em seu discurso, afirmou que os israelitas voltaram ao Egito em seus corações (Atos 7.39), pois, fisicamente, nunca mais poderiam fazê-lo.

O nascimento físico nos impede de voltar para o ventre de nossa mãe, da mesma forma que o nascimento da água nos impede de voltar à esfera de domínio do príncipe deste mundo. Isso significa que esfericamente entramos em outro Reino. No entanto, entrar e permanecer no Reino têm dois aspectos. Primeiramente, ao sermos batizados e nascermos da água, somos libertos desta geração e deste mundo, o que nos habilita a entrar no Reino futuro. Contudo, ainda é necessário viver sob a disciplina do Espírito Santo e sermos considerados dignos de reinar com Cristo.

Para conseguir explicar isso, tenho que voltar ao batismo de Moisés novamente. Ao passar pelo livramento das águas, os egípcios foram afogados no mar, eles representavam os espíritos maus que nos mantinham cativos no mundo; porém, no batismo, eles são sepultados, mas não apenas eles, os que são livres também, por isso que existe o outro lado, a travessia.

A partir desse momento, o batizado testifica que pertence a outro e deixa isso claro para o mundo, para os principados, dominadores aéreos e para ele próprio. O único que não precisa saber disso é Deus, e por quê? Porque Deus o regenerou, colocando o sangue nele para tirá-lo da morte. Deus já sabia que ele pertenceria para sempre a Ele, pois este [nascimento do alto] é o primeiro nascimento [da vida cristã]; o segundo é o da água.

Agora, pactualmente purificado após o sepultamento do batismo, essa pessoa tem um nascimento que lhe dá o direito de entrar no Reino, desde que mantenha seu testemunho de que pertence a outro através das águas do batismo. Ela, se se mantiver no testemunho de progresso da vida de Cristo em si,  seguramente reinará naquele Dia da manifestação.

Olhe como é bela essa tipologia, voltando a Israel no Mar Vermelho. Ao atravessarem o mar, os hebreus foram batizados em Moisés e saíram do domínio do Egito e do Faraó. Isso quer dizer que saíram da esfera de governo do Faraó para o Governo de yhwh. Isso é Reino.

A partir de então, eles estavam no deserto e não podiam mais voltar ao Egito. Qual a diferença entre o Egito e o deserto? Ambos prefiguram o mundo, mas um é o mundo cujo governo pertence a Satanás, que é o Faraó; já o outro é o mundo pelo qual o discípulo deve passar como peregrino, mas obedecendo o Senhor. Nesse lugar, ele enfrentará dificuldades, às vezes fome e sede, mas terá a companhia de seu Senhor. A coluna de fogo e a coluna de nuvem estão no deserto, não no Egito.

O batismo faz você ser livre da esfera do governo de Satã. Algo acontece nas camadas espirituais que não vemos e que esfericamente nos tira do território do Inimigo. Isso é um nascimento, é uma liberdade declarada. O discípulo de Jesus deve ser batizado imediatamente ao crer genuinamente, pois precisa, através desse testemunho, romper com o mundo e com seu príncipe.

Portanto, estando no deserto, só é possível voltar ao Egito no coração (At 7.39). Além disso, estar no deserto é o passo que antecede a Terra. A Terra, na tipologia, representa o desfrute do Reino e não da Nova Jerusalém, pois há gigantes e desafios a enfrentar para entrar nessa Terra. A Nova Jerusalém será a bendita graça de Deus. Além disso, a Terra, embora manando leite e mel, passará; a Nova Jerusalém nunca passará. Mesmo o Reino do Milênio passará, porém o Novo Céu, e a Nova Terra, jamais passarão.

Mas se não passarmos pelo batismo tão logo cremos e confessamos o Senhor, ainda estaremos no Egito. Embora salvos da morte pelo sangue do Cordeiro (1 Coríntios 5.7), não podemos entrar na Terra. Isso ocorre porque a esfera adjacente à Terra não é o Egito, é o deserto. Se não nos convertermos em peregrinos no deserto, não poderemos entrar no Reino, pois ainda estamos uma esfera atrás, no Egito. O Egito está mais longe da Terra do que o Deserto.

É por isso que entrar tem a ver com água e não com o nascimento do alto.

Há uma travessia que nos tira, de fato, da esfera de atuação desse cosmo: é o batismo.

De acordo com Paulo, o batismo é um sepultamento, e o sepultamento lida com os mortos, não com os vivos. Uma característica interessante do sepultamento é que sempre envolve dois lados: um deles é o do “morto” que está sendo sepultado; o outro lado é a experiência que pertence aos “vivos” que perdem este indivíduo. Para o sepultado, na verdade, quem morreu foram “aqueles”. Ele se libertou da esfera de atuação anterior, pois a morte implica em causar essa separação, os “vivos” agora percebem que seu antigo parceiro de rotina, de fato não só morreu, como foi sepultado.

Paulo, tendo a compreensão disso, exclama: 

 “Mas longe de mim esteja o gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo tem sido crucificado para mim, e eu, para o mundo.”

[grifos meus].

Para Israel entrar na Terra Prometida, eles tiveram que sair do Egito, e não apenas isso, eles tiveram que ir para o deserto.

O Egito representa o mundo sob o governo de Satanás, enquanto o deserto é o mundo sob o governo de Deus. No deserto, somos peregrinos, estamos de passagem e não nos contaminamos com as coisas do mundo, pois estamos sob o Reino de Deus, através do batismo. Neste sentido, já entramos no Reino através do batismo, por isso vivemos no deserto, debaixo da disciplina e governo do Senhor.

O deserto representa o mundo no sentido de como os crentes vivem e se comportam nele, e que essa forma é temporária, pois o que há neste deserto é passageiro, frágil e imperfeito. No entanto, temos a presença do Senhor conosco, pois neste mundo o Espírito foi derramado. Isso ocorre no repositório habitável de Deus, que é a Igreja de Deus, peregrina nesta terra. Portanto, os termos “Assembleia” e “Tenda da Reunião” só surgem no deserto, pois ele tipifica a Igreja e onde a Igreja está, no mundo; entretanto ela não é do mundo.

Abreviações

btx — Bíblia Textual, 2018, BvBooks.

tb — Tradução Brasileira, 1917 – 2010, Sociedade Bíblica do Brasil.

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Série: Isso não vem de Vós Ep03

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