Salvação Eterna, Série: Isso Não Vem de Vós – Argumento da Intercessão Ininterrupta
Pequeno excerto extraído da obra que originou a Série: “Isso não vem vós”. Esta porção visa mostrar a clareza da segurança da salvação eterna uma vez que Cristo o Sumo Sacerdote vive sempre para a intercessão por todos que se achegaram a Deus.
Livro Salvação Eterna – Isso não vem de vós, coleção 01 formato ebook-kindle. Estude mais sobre a salvação (com sua a Bíblia aberta) e o seu caráter eterno. Saiba Mais.
Argumento da Oração sem Cessar de Jesus
CAPÍTULO 9
Argumento da Intercessão Ininterrupta
Baseado em Hebreus 7.25.
“Pelo qual pode também salvar perpetuamente aos que por meio d’Ele se acercam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” [Hebreus 7.25 – btx].
autor de Hebreus distingue a salvação, que é um substantivo que se aplica ao indivíduo, e também fala da forma como ela é aplicada; a forma é: “perpétua”, “definitiva” e “completa”. A salvação é o completo livramento baseado na redenção; mas note que há um elemento importante daqui para frente, a intercessão do sumo sacerdote, o texto deixa amarrado qualquer ponta que ainda pudesse ter ficado solta:
- É por meio d’Ele que achegamos a Deus;
- A salvação é perpétua e completa;
- Ela é realizada por meio d’Ele;
- Se é realizada por meio d’Ele depende, igualmente, d’Ele;
- A salvação inicia-se com Ele e se mantém por Ele;
- A intercessão é o meio da manutenção desta, mesma, salvação.
- A sustentação da salvação se deve a Ele viver.
Bom, traçamos os sete pontos aqui, já temos que admitir pelo texto que a salvação é completa, o vocábulo grego: παντελὲς — pantelés tem o significado de total completude que é adverbialmente denominado: “de um lugar a outro”, ou seja, o Senhor garante que esta salvação começa e termina, não havendo uma forma dela se desfazer até atingir o seu objetivo, por isso que algumas traduções de Bíblia preferem usar a expressão: “perpetuamente” ou “eternamente” mesmo sem ser a palavra de origem que — neste caso — seria aion, mas faz todo sentido pois pantelés denota de um extremo ao outro, um elo sem fim. Por isso que o Senhor mantém nossa salvação, pois mesmo não estando maduros o suficiente para herdar a vida eterna ainda estaremos seguro pelo Senhor, pois ela chegará até seu “outro extremo”.
E nós nos achegamos a Deus por meio d’Ele, isso é o Evangelho. Tudo é o Cristo. Ele é o nosso Salvador, seu sangue precioso é o elemento valioso que paga a conta de todo pecado. O sangue é precioso devido ao seu valor, ele é o elemento mais precioso do universo e foi usado para pagar nossos pecados.
Além disso o Senhor age como o sumo sacerdote que apresenta o valor do sangue ao Pai. Uma vez apresentado o sangue ao Pai este sumo sacerdote intercede — por meio de seu próprio sangue — pelo coberto; toda vez que o coberto peca ele já se encontra protegido pela própria intercessão do Filho e pelo valor do Sangue como resposta de salvação.
E se Cristo como sacerdote intercede, parece haver um ofício de rotina do Senhor de lembrar o Pai o valor do Seu próprio Sangue e esse Sangue apresentado pode ser visto e apreciado pelo Pai. Esse ciclo maravilhoso é um toque da eternidade tão valioso que mantém sempre vivo o Design da Redenção que é a exata e veraz fusão do amor e da justiça de Deus.
Esse mistério continua com a palavra “vive para sempre”, a eternidade de Cristo está amarrada com a intercessão pelo homem, todo aquele que se achegou a Cristo, fica preso nessa intercessão, e o valor de tempo dessa intercessão não pode ser medido, pois é de valor eterno.
Assim a salvação não somente inicia-se por Ele, mas é mantida por Ele. E isso acontece por que ele vive.“
A Vida, a Intercessão e a Salvação
“Ele vive sempre para interceder por eles…” É lastimável ver cristãos anunciando a perda da salvação. A loucura é tamanha porque para isso acontecer o Senhor teria que deixar de viver! Qual a probalidade de um crente renascido perder a salvação? É a mesma de Cristo deixar de viver! É com muita tristeza que digo isto, pois muitos discípulos sinceros insistem nesse terrível engano, não de dizer que nosso Senhor morreu e não vive mais, pois nenhum cristão é capaz de falar isso, mas toda vez que dizem que perdemos a salvação, por esse ou aquele motivo, dizem, sem perceber, que o Senhor não vive mais.
Agora, se Ele “vive sempre”, e, ao viver sempre Ele intercede por nós, o que mais resta? O que pode vencer isso?
Felizmente, somos salvos por Ele. O Senhor Jesus vive para sempre. A chance de perecermos no lago de fogo é a mesma de Cristo morrer. Mas, Ele vive para sempre, e, em sua vivência eterna ele se dispõe sempre a interceder por nós. Isso quer dizer que o valor do Sangue nunca se perderá e a memória do Sangue nunca se extinguirá. O Senhor apresenta sempre seu Sangue. É como se Ele orasse fielmente por nós. Se os homens podem deixar de orar por você ou mesmo toda a Igreja de Deus, saiba que ainda restará Um. Meus irmãos que tremendo é isso!
O sangue precioso é o objeto cuja veracidade espiritual é sem tamanho, a salvação é resultado adquirido desse valor, a intercessão é a ação responsável para nos manter sempre salvos e, por fim, o viver eternamente é o estado e a capacidade que mantém a ação de intercessão, assim como o intercessor, em plena operação. Ninguém pode separar esses elementos, eles são inseparáveis, imutáveis, incansáveis. Quando vejo esse belo design, apenas curvo minha cabeça e me calo diante de tão grande salvação!
Concluímos de forma bem objetiva. Ele salva plenamente, porque intercede por nós; e quando que ele intercede por nós? SEMPRE! Porque ele vive para sempre; se vive para sempre Ele sempre intercede, se Ele sempre intercede, então, Ele sempre mantém a salvação e por isso o texto diz que nossa salvação é completa. A única forma de haver algum risco seria o Senhor deixar de interceder, mas para isso acontecer Ele teria que morrer.
Como Ele vive para sempre, e mais, o motivo de sua vivência eterna — em relação à Redenção — é para sempre interceder por nós, a salvação tem que ser eterna; se só restasse essa passagem em toda a Bíblia, somente com ela, e mais nada, seria possível concluir — seja qual for o argumento que alguém levante — que depois de crer no Senhor jamais será possível perecer no lago de fogo.