Salvação Eterna, Série – Isso Não Vem de Vós – Argumento do Amor

Pequeno excerto extraído de uma obra denominada “Uma Salvação e Um Fogo”,  ainda a ser publicada. Também faz parte da coleção Salvação Eterna Isso Não Vem de Vós, tendo a publicação da coleção veiculado em formato e ebook-kindle você pode adquir por esse link aqui

Sua Salvação está plenamente segura – o argumento do amor – uma imagem com gostas de sangue que reflete várias cores além do vermelho para representar salvação.

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Argumento do Amor

CAPÍTULO 2

Argumento do Amor

Baseado em João 3.16

Por que Deus amou tanto ao mundo que ele deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” [João 3.16 – King James 1611].

Aquele que nem a seu Filho poupou

Essa passagem mostra o amor de Deus, portanto Ele nos salva por amor. Negar o amor d’Ele é uma infelicidade; alguns dirão que no lado do homem está o crer permanente, mas se esquecem que o fim da salvação é o homem não perecer, mas o início da salvação é Deus amar.

Junte Deus amar e o homem não perecer e conclua que a salvação tem início em um atributo imutável de Deus que é o amor, e tem um fim único que resulta em não perecer, neste caso o perecer no lago de fogo deveria efetivar-se logo no início com a falta de amor, mas não é isso que acontece. Paulo nos diz: “Quem poderá nos separar do amor de Deus?” (Rm 8.39).

O mundo pode ser separado desse amor por causa de não tratar o seus pecados em Cristo, [1João 2. 16] mas os filhos de Deus não podem mais separar-se de Deus, pois foram unidos primeiro pelo amor e depois pelo Filho [Romanos 8.38, 39]. Portanto, o início é o amor e o fim é o Filho. Nunca podemos nos esquecer que no final do versículo 39, Paulo diz: “em Cristo Jesus nosso Senhor”, ou seja, estando em Cristo, Deus não pode deixar de nos amar e nós mesmos não podemos ser separados deste amor, pois não há nada no universo que nos separa, além disso a palavra “em Cristo” é de um valor espiritual tremendo, pois é onde estamos e é de onde Deus nos vê.

O Filho de Deus morrendo é a execução da Graça do amor do Pai, por isso no Filho não está o amor, está a Graça, pois o ato do Calvário é a execução da Graça, mas a vinda do Filho ao mundo é o amor do Pai. Devido a isso Paulo fala: “Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo…” (2Co 13.14). 

Se alguém disser que podemos perecer então tanto o amor de Deus quanto a graça do Filho falharam, ou seja, Deus amar e estar em Cristo não funcionaram. Desta forma, a própria justiça de Deus não pôde ser satisfeita e tampouco nós pudemos ter sido justificados pela fé. 

Agora, mesmo que fosse possível do nosso lado quebrar a justiça de Deus. Ainda teríamos que passar por cima do Seu amor e além disso teríamos que ser capazes de esmagar o Filho, pois fomos colocados em Cristo, que vivente é capaz de fazer isso?!

Aquele que diz algo assim está, simplesmente, colocando a vida do homem acima do Filho, o que quero dizer, ainda que conseguíssemos vencer o amor de Deus e fossemos separados d’Ele teríamos ainda o Filho pela frente e porque digo isso? Leia:

“O que não poupou nem o seu próprio Filho senão que o entregou por todos nós, como não nos dará gratuitamente também com Ele todas as coisas”. [Romanos 8.32 – btx].

O santo apóstolo está dizendo que enquanto éramos pecadores Deus ainda assim não poupou Seu Filho, como agora depois de nos tornamos cristãos renascidos ele vai nos tirar a salvação? Isso equivale a dizer que nós somos mais importantes que o Filho!

Isso mesmo, ora, se Ele não poupa o Filho para nos salvar quando ainda éramos pecadores agora depois de salvos ele simplesmente nos manda para o inferno; então a vida do Filho se tornou inferior ao meu pecado.

Nenhum problema em nos mandar para o lago de fogo, o problema é com o Filho que não foi poupado quando éramos pecadores; mas esse Filho faz uma grande obra quando somos pecadores, mas depois de nos tornamos cristãos o Filho não consegue mais ter eficácia. Ele não consegue mais manter nossa salvação, assim o Filho perde Seu poder e competência,1 e, pior Sua cruz e sua expiação não fazem o trabalho efetivo. Para concluir, seria melhor se fôssemos pecadores, pois, mesmo que perdidos, ao menos o Filho teria mais amor e eficiência. Irmãos, isso é algo que não pode ser aceitável de maneira alguma! Porém, é o que muitos estão dizendo nas entrelinhas, sem sequer perceberem.

Nossa vida não é maior que o Filho, se eles nos salvou quando estávamos em pecado muito mais nos fará depois que nos tornamos regenerados! Como filhos de Deus, Ele nos guardará para redenção dos corpos mortais.

Qualquer coisa diferente coloca o homem, que está separado de Deus, acima do cristão renascido. Isso é validar a separação do amor de Deus depois de se achegar a Ele e ainda dizer que o Filho é capaz de salvar o pecador, mas incapaz de amar o cristão. É dizer que Cristo faz mais pelo perdido do que pelo achado. É como se ele encontrasse a ovelha perdida e depois a deixasse morrer de sede e de fome.

Como pecador, podemos ser salvos por Cristo e somente por Ele, pois que colaboração poderia um perdido pecador oferecer? Porém agora, como filhos de Deus lavados, o Senhor não consegue mais nos salvar sozinho e, então, precisa de nossa ajuda como evitar pecados e permanecer na fé. Assim, conclui-se que Ele ama mais o nosso estado pecaminoso caído do que a nossa vida regenerada.

Como Cristãos Recebemos Mais

“…como não nos dará gratuitamente também com ele todas as coisas?” (Rm 8.32b).

O apóstolo entendeu muito bem isso e ele diz que quando pecadores e separados de Deus, o Filho não foi poupado; muito mais agora, reconciliados com Deus. Desta forma, se alguém perde a salvação, sua vida, na verdade, se torna maior que o próprio Filho. Um cristão que insiste nesse argumento corrompido certamente não conhece a importância que tem o Filho e tampouco sua obra na cruz.

Deus amou e não poupou Seu próprio Filho é isso que está em João 3.16. Amor e Sacrifício. A pergunta que se deve fazer é: “minha vida é maior que o Filho?” A menos que minha vida seja maior que o Filho posso perecer!

Mesmo sabendo que a minha vida é inferior a do Filho de Deus, temos que admitir que até mesmo a vida do Filho é inferior a Ele!

A pergunta que se deve fazer agora é: “O que vale mais, a vida do Filho ou o próprio Filho”?

Agora vamos falar da vida do Filho. Ela foi aquilo que foi dado ao pecador antes desse pecador se tornar um cristão — a vida do Filho é o que apóstolo disse: “O que não poupou nem [a vida de] seu próprio Filho…”, a vida do filho é dada ao pecador, mas o Filho só é dado quando o pecador passa a ser um cristão.

A vida do Filho vem antes e atinge o pecador perdido, mas o próprio Filho só vem para o discípulo quando ele deixa de ser um pecador perdido e recebe o Senhor. Assim, a vida do Filho é para o perdido e o Filho é para o achado. Por isso que após crermos no Senhor a expressão “em Cristo” passa a entrar em vigor. O “em Cristo” nunca pôde ser aplicado ao pecador porque ao pecador foi dado a vida2, mas ao cristão foi dado o próprio Filho.

“[…] Como não nos dará gratuitamente também com Ele [O Filho] todas as coisas?”. Ambos são importantes, tanto a vida do Filho quanto o próprio Filho, mas dizer que a vida do Filho é mais importante que o Filho seria o mesmo que dizer que o Filho depois entregar sua vida aos pecadores não precisaria mais viver!

A vida do Filho está3 com o pecador e o Filho está com e no regenerado, portanto se como pecador Cristo morreu por mim, o que não fará agora estando em mim? O próprio Paulo responde:

“Como não nos dará gratuitamente também com Ele todas as coisas?”

Dizer que podemos nos perder é dizer que a vida do Filho é superior a Ele próprio, ao dizer, isso a pessoa numa entrelinha enganosa pode dizer que o Filho não precisa mais existir, porque uma vez que sua vida foi dada nada mais é necessário nem mesmo o próprio Filho.

Isso era verdadeiro em relação aos sacrifícios do Antigo Testamento, pois o que interessava e valia para o pecador judeu era a vida do animal que expiaria seus pecados, depois o animal muito provavelmente não seria mais lembrado, mesmo por que muitos outros seriam abatidos ao longo da sua peregrinação debaixo da Lei de Moisés, e não teria mais importância depois que morresse, sim, é verdade que a vida do animal valia mais que o animal em si.

Mais para o design da redenção — a partir do Novo Testamento — isso está errado. Agora, a Pessoa sacrificada tem o mais alto valor de tudo no universo, mais valor que o próprio sangue que d’Ele foi derramado. Qualquer um que diga que um cristão pode se perder depois de ser salvo está dizendo que a vida do Sacrifício supera o próprio Sacrifício. Seria como dizer que o que Jesus fez qualquer bode ou cabrito em alguma medida também poderiam fazer, pois é exatamente isso que significa a vida do sacrifício ser maior que o sacrifício.

Felizmente, o Senhor derramou Sua vida no altar de bronze da cruz, mas Ele ressuscitou, diferentemente dos animais — que o tipificavam — que morriam e não voltavam mais a viver. Por Jesus voltar a viver se traduz que Ele próprio é maior que a vida d’Ele que foi derramada. E o fato d’Ele ser maior, não somente que sua própria vida, mas maior que tudo, é que nunca jamais pereceremos, pois juntamente com Ele nos foi dado todas as coisas incluindo a salvação.

Abreviações

btx — Bíblia Textual 1ª Edição Português, Junho 2020, BvBooks Editora.

Notas

1 Digo isso com todo respeito ao Senhor, mas devido a necessidade de explicação lógica é forçoso mostrar como aqueles que creem na perdição de um regenerado, acabam concluindo suas ilações.

2 Vida como ato (entrega da alma de Jesus) não como essência da própria pessoa de Cristo em habitação ao crente regenerado, vida neste caso se trata da doação da pessoa, da alma de Jesus sendo entregue não da zoē orgânica incriada de Deus que passa a habitar no regenerado.

3 No sentido do pagamento na cruz, nunca de habitação, pois Ele habitará no pecador depois de sua regeneração, passando assim O Filho do Deus Vivo estar unido ao filho de Deus, e o regenerado passa a estar em Cristo.

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Série: Isso não vem de Vós Ep03

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