Salvação Eterna, Série – Isso Não Vem de Vós – Argumento da Árvore da Vida
Pequeno excerto extraído de uma obra denominada “Uma Salvação e Um Fogo”, ainda a ser publicada. Também faz parte da coleção Salvação Eterna Isso Não Vem de Vós, cuja primeira coleção já foi publicada em formato e ebook-kindle você pode adquir por esse link aqui
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Argumento da Árvore da Vida
CAPÍTULO 9
Argumento da Árvore da Vida
Baseado em Gênesis 3.22.
“E disse Elohim: Eis que o homem há chegado a ser como um de Nós, conhecedor do bem e do mal. E agora, não seja que estenda a sua mão e tome da árvore da vida, e coma viva para sempre”. [Gênesis 3.22 – btx].
A vida edênica de Adão e Eva nos revela algo muito fundamental: eles não comeram da árvore da vida, mas sim da árvore da ciência do bem e do mal. Isso permitiu que eles tivessem uma consciência aguçada sobre o que era certo e o que era errado, o que os condicionou a distinguir entre o bem e o mal. Foi por esse motivo que a Lei Mosaica veio mais tarde, uma vez que o homem já sabia o que era certo e o que era errado por meio do conhecimento adquirido pela ciência e não de forma espontânea e orgânica. Agora era necessário uma Lei para regulamentar as ações dos homens e incentivá-los a praticar o bem.
A Salvação Prefigurada na Árvore da Vida
O senhor Nee em seu livro “O Evangelho de Deus” nos ensina algo espetacular que, ousadamente, posso afirmar ser talvez o melhor argumento a favor da vida de Deus causando a salvação perene e eterna de forma lógica.
“Deus nos deu outra figura na Bíblia a fim de mostrar-nos que nunca poderemos perder nossa salvação uma vez que a recebemos de Deus. Gênesis 3 é uma passagem familiar. Ela diz como Adão pecou […] Deus o expulsou do jardim do Éden e guardou o caminho da árvore da vida […] Por que razão não permitiu que Adão comesse da árvore da vida? […] O fruto da árvore da vida […] significa vida, isto é, a vida que o Filho de Deus nos deu. Depois que Adão pecou Deus temeu que ele comesse do fruto da árvore da vida, e que, por comê-lo, não morresse. Se Adão ainda morresse após comer o fruto da árvore da vida, então por que razão Deus […] teve de guardar o caminho da árvore da vida com o querubim e a espada flamejante? Deus fez isso por que temia que Adão vivesse para sempre se comesse dela.
Somos os que foram redimidos. O que comemos não é o fruto da árvore da vida, que é apenas uma figura. Comemos a própria Vida. Ainda podemos morrer? Se Adão não podia morrer após ter comido um fruto simbólico, como podemos morrer após termos sido lavados pelo sangue do Senhor Jesus […]? Adão conhecia a árvore da vida como um tipo, enquanto nós recebemos o que a árvore da vida tipificava.1
Vejamos, perceba que o casal ao comer a ciência, logo Deus tratou de proteger a Árvore da Vida, Deus não pensou em outra coisa, Deus nem mesmo pensou em expulsar o homem do Éden; Ele pensou primeiro em proteger sua santa Árvore. Meus friends podem imaginar o porquê?
O Próprio Deus responde: (…) e coma viva para sempre (Gn 3.22), pois ao comer a árvore da vida com o Pecado nascido e engendrado dentro do homem, seguramente o homem primeiro não sofreria as consequências prometidas por Deus, a primeira grande consequência foi no período de alerta pré pecado: “certamente morrerás” [Gênesis 2.17]; segundo, não haveria outras consequências que simplesmente seriam herdeiras daquela, algumas delas i) trabalhar arduamente para comer; ii) ter o desejo para o seu marido; iii) dores de parto multiplicadas em relação a pequenina dor planejada antes do pecado e tudo o mais que viria; forçando, assim, Deus tomar medidas drásticas com a humanidade ora utilizando as águas do dilúvio, ora julgando nações corruptas e profundamente pecaminosas utilizando a espada do seu Israel.
Agora, pois, se o homem viveria para sempre qual necessidade de pão, uma vez que o pão não só nos alimenta e sacia a fome, mas principalmente nos mantém vivo? E o que dizer da mulher que não precisaria se sujeitar ao marido, pois qual necessidade de ser protegida por ele, uma vez que agora ela viveria para sempre e nada a poderia destruir?
Quanto às consequências prometidas por Deus, tem seu cumprimento devido ao Pecado ter sido absorvido pelo homem, agora Deus sabendo dessa tragédia, procurou proteger Sua árvore para que o homem ao comê-la não mantivesse seu estado pecaminoso mantido pela eternidade que seria gerado pela árvore da vida, e pior, inserindo a própria Vida de Deus dentro daquele estado pecaminoso. Definitivamente, isso seria pior do que o homem ter pecado com a árvore da ciência do bem e do mal, pois tal situação o manteria vivo em estado eterno pecaminoso.
Além disso a árvore não poderia resolver aquela tragédia gerada, mesmo ela dando graça ao homem enxertando a preciosa vida de Deus; pois, não seria a resolução justa, até por que o pecado não teria sido julgado, Seria como salvar o homem e salvar o seu Pecado junto, é salvar o homem preservando seu pecado. Nada pior seria que esta eventual nova tragédia.
Deus não permitiu e colocou guardas potentes e a espada giratória flamejante.
Aquela situação poderia ter sido muito atraente para Satan, pois o fato de Deus temer que o homem adquirisse aquele fruto precioso não se devia necessariamente em o casal ir correndo até lá para comê-lo, mas, que, poderia Satanás engendrar um novo esquema que pudesse fazer isso acontecer, o fato é que não sabemos, todavia o que podemos inquirir é que Deus previu de antemão qualquer esquema de um exército inimigo se deslocando rápido para implementar algum plano de o homem comer a árvore da vida do mesmo jeito que ele o fez comer a ciência do bem e do mal.
É aqui neste ponto que encontro extremamente feliz e grato ao ler a argumentação do sr. Watchman Nee.
Se a árvore da vida poderia dar vida para o homem mesmo ele cometendo o pecado recebendo a morte em si e sendo encomendado para o mal, quanto mais o Precioso Sangue do Cordeiro derramado no lenho do madeiro que foi a Sua árvore.
O que quero dizer é que Deus sabia que a árvore da vida seria capaz de comunicar vida para o homem, mesmo este em estado de pecado, e não poderia mais ser feito nada exceto ter um homem em estado eterno de pecado, mantendo a anomalia do pecado em conjunta convivência com um viver eterno; portanto, era a única coisa que restava a Deus: impedir de algum modo que o homem se aproximasse daquela árvore.
A árvore da vida tinha esse poder, mas a pergunta que temos que fazer é: “A árvore da vida é maior que o Senhor Jesus”?
Quando dissemos que um homem após ser regenerado pode vir a perecer e se perder e ser destruído vivendo eternamente no lago de fogo, estamos em outras palavras dizendo que a árvore da vida que simbolizava a verdadeira Vida que é Cristo o autor da Vida, é maior que Ele próprio a quem inclusiva ela, a árvore da vida, tem que se submeter, pois [ela apenas] o tipificava.
A árvore da vida é símbolo, o Senhor é a própria veracidade da Vida.
Mas os argumentos de alguns que dizem que podemos perder a vida eterna equivale a dizer que a árvore da vida pode mais e tem mais poder que nosso Senhor, pois ela garantiria vida a Adão — mesmo este tendo cometido pecado e vindo a evoluir em pecar — e Cristo que derramou toda sua vida na Sua árvore que é a cruz não poderia manter o homem salvo; ou seja, a vida que o Senhor comunica a nós é inferior que a a vida que viria da árvore que estava no Éden Adâmico. Como posso classificar este pensamento senão como uma verdadeira ignorância quando ao Calvário de Jesus, assim como uma grande ignorância em não entender o Éden? Pois se tivesse entendido o Éden já naturalmente compreenderia que o sangue do Cordeiro é em muito superior à árvore da vida; conclui-se, então, que este cristão não entendeu nem Calvário de Jesus e tampouco o Seu símbolo que estava no Éden.
Com esse pensamento destoante, o que nos resta? Nenhuma outra coisa senão encontrar a árvore da vida para realmente termos vida, mesmo já tendo crido no Senhor! Esse é um argumento extremamente nocivo, mas que está escondido nas retóricas dos que não conhecem que a salvação é para sempre.
Felizmente, posso dizer que há algo maior que a árvore da vida! Há Um que por meio também de um tipo de árvore, a sua cruz, nos deu Sua mais preciosa Vida!
My friends, é lamentável cristãos não compreenderem que Cristo é maior que Seu símbolo no Éden! Felizmente o nosso Senhor Jesus não só comunica vida como Ele próprio é a Vida!
Que lição podemos tirar da árvore da vida?
Que o princípio da comunicação da vida não se perde, nem mesmo pecando nem mesmo tendo recebido morte, mas isto é um princípio que deveríamos honestamente aplicar a nossa realidade com Cristo. Quando confessamos que Ele é nosso Senhor, nós nos alimentamos d’Ele, pois Ele é a videira verdadeira, a verdadeira árvore da vida, além disso Ele nos revela que é o pão que desceu do céu e que qualquer que comesse dele teria vida.
Como podemos dizer que árvore da vida poderia manter Adão vivo e não podemos admitir isso acerca de nosso Senhor Jesus sendo capaz de nos dar e manter a vida eterna?
Nada pode tirar a vida de nós, nem mesmo nós!
Qual a diferença da vida que seria fornecida pela árvore da vida no Éden da que foi nos dada pela cruz? Embora ambas estejam na madeira a primeira nos daria vida, mas não resolveria o problema do Pecado, a segunda madeira na verdade mostra que Deus julgou o Pecado nela, e o sangue vertido por ela e manchado nela, nos trouxe vida; ou seja, a obra da segunda madeira é ainda mais poderosa que a da primeira, pois aquela apenas daria vida, esta julga o Pecado e esgota toda a ira de Deus n’Aquele que foi punido nela.
Portanto, como nossos pecados estão pagos e o Pecado tendo sido carregado e julgado n’Ele; torna-se, então, absoluta justiça de Deus, que em nós haja a vida sem mancha.
Agora, não temos mais a presença do Pecado como tampouco sua convivência paralela não julgada e sem justiça. Podemos ainda, por um pouco de tempo, ter a natureza caída, mas nossos pecados já foram julgados n’Ele, e, isto, a árvore da vida — por si só — não seria capaz de fazer.
Olha! Como eu aprecio este desenho. Qualquer que se deparar com esta realidade será obrigado a reconhecer que nada há que se possa fazer depois que esta vida é admitida por graça e fé e adentrada por meio da justiça de Cristo, que exista algo, ou alguém, que seja capaz de torná-la ineficaz.
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