Por mais que as Escrituras sejam obscuras em sua revelação acerca do estado intermediário, elas são, pelo menos, explícitas em negar as atuais concepções acerca do Hades na visão tanto do catolicismo romano quanto das igrejas protestantes. Nada menos que uma traição à posição cristã original pode definir o abandono, por pura descrença, das cláusulas do Credo acerca do Hades e da ascensão: se essas cláusulas são meramente figurativas e pictóricas (o modernista legitimamente responde), também podem ser as cláusulas acerca do nascimento virginal e da ressurreição.
Assim também, a eliminação moderna da doutrina acerca do Hades deslocou e, em grande parte, anulou a doutrina da ressurreição. Quando o mundo intermediário é eliminado, a ressurreição se torna desnecessária a ponto de ser desacreditada. A eliminação de uma única verdade causa terrível dano a toda a revelação.
Ainda que os assuntos aqui tratados não sejam compulsórios para a crença e concordância a fim de que alguém seja salvo pela obra de Cristo na cruz, são, com certeza, assuntos fundamentais para a compreensão da escatologia e da bendita esperança da ressurreição de forma equilibrada e madura. Servem também para a preparação do povo de Deus à guerra em que a igreja se achará inserida nos últimos dias, conforme se aproximam os dias da manifestação do Filho do Homem e o retorno dos mesmos fenômenos que se deram naqueles dias pré-diluvianos. Os que não se preparem poderão ser grandemente enganados pelos prodígios da mentira e pelas manifestações místicas e sobrenaturais que serão tamanhas, a ponto de tentar enganar até os eleitos.