Review de mais um livro chegando, agora, “SALVAÇÃO DA CRIAÇÃO” por Robert Govett; um livro espetacular que vem para falar do futuro da fauna e da flora de uma maneira nenhum pouco convencional, mas amplamente bíblica, como sempre são os argumentos de Govett.
Esse livreto foi publicado pela editora Escriba do Reino primeiramente em formato de artigo post do site oficial da editora, mas logo chamou a atenção de vários irmãos o que indicaria que ele precisaria ganhar capa e páginas, foi assim que o livro se tornou realidade, atualmente (no momento em que escrevemos essa resenha), o livreto encontra-se somente em formato Kindle podendo ser adquirido direto no site da Amazon.
Govett praticamente analise os versículos 19 a 23 de Romanos 8 para derrubar a argumentação de que esses versículos se aplicam aos homens, aliás, sua perspicácia lógica aparece de uma maneira muito aguda, a impressão que temos é que até os adversários reconheceriam as aplicações dialéticas desse irmão, se você está vacilando em acreditar que Deus tem um plano para os animais, experimente ler esse livro.
Govett, consegue evidências para refutar esse conceito de o que está preso à vaidade que veio do pecado e que geme aguardando a manifestação dos filhos de Deus, não são os homens descrentes, mas na verdade são a fauna e a flora, em especial, os animais, pois eles se encontram cativos e limitados devido ao pecado do homem, é surreal a compreensão disso e ouso dizer, libertador!
De acordo com Govett a criação como um todo quando estava no Éden Adâmico exceto o homem, não pecou, isso incluiria toda a criação, vejamos uma porção do livro, a que segue logo abaixo:
[…] a criação não pecadora suporta pacientemente o sofrimento na esperança da glória futura […]
A criação não pecadora citada por Govett é toda criação que não participou do pecado, mas ficou cativa por causa dele. Como serão os filhos de Deus que – em suas manifestações na ressurreição de entre os mortos da qual vence a morte – por causa deste evento inagura-se a liberdade animal, o fim dos “cardos e abrolhos” da maldição da terra que vem por causa do pecado adentrado pelo primeiro casal; a criação então geme aguardando esse dia.
Este é o ápice da criação, desde o estado pré-pecado, ser livre do cativeiro por isso ela geme e sente dores de parto; por conseguinte no reino milenar os animais ferozes ficarão mansos e a relação com os homens se tornará mais profunda a ponto de uma criança colocar a mão na toca da áspide e não ser picada o cordeiro andar com o lobo e não ser devorado, a ursa e vaca pastarem juntas. (Is 11.1-9).
De acordo com Govett a serpente transfere a maldição aos animais o que os cativam, limitam, e silenciam suas inteligências.
"Por causa da serpente, todos os animais selvagens e todos os animais domésticos foram amaldiçoados.
Em consequência da maldição no jardim do Éden e do ardil do tentador, os efeitos sombrios do pecado caíram sobre toda a criação."
Os animais ficaram sujeitos à doenças, enfermidades e sofrimentos que terminam com a morte.
Os instintos ferozes e mortais de guerra e derramamento de sangue irromperam nos animais e uma espécie guerreou com outra, fazendo os mansos e inocentes sua presa.
Robert Govett vai desmistificar esse assunto; haverá um capítulo dedicado a falar da falácia argumentativa daqueles que querem colocar a criação como os homens não alcançados pelo evangelho e os gentios. Por meio dessa lacuna argumentativa há também o entendimento universalista que erra ao dizer que todos serão salvos usando essa passagem como justificativa ao entender que a criação ali se refere a todos os homens quando na verdade a criação se refere a tudo que está fora do homem, mas que ficou cativa e sujeita à vaidade.
Um livro para abrir a mente, e como é comum de Govett, muito bíblico, rodeado de passagens e com sua dialética infalível.
Os evangélicos, hoje, tem uma distinção ainda muito opaca quando o assunto é falar sobre o propósito de Deus para os animais; a maioria ainda enxerga a criatura não humana como algo comum ou sem muito importância, mas se esquecem que foram os animais escolhidos para serem tipos da Redenção do Salvador que viria; o cordeirinho e o novilho eram dignos de morrerem pelos homens; a pomba aparece como a presença corpórea do Espírito Santo no batismo de Jesus; Jesus não se envergonha de ser chamado de Cordeiro e de Leão; o querubim de 4 faces contém três rostos de animais, e, diferente dos anjos são chamados de seres viventes; os animais aparecem no milênio depois da manifestação dos filhos de Deus vencedores a partir da primeira ressurreição.
Como Deus iria esquecer suas criaturas que se aliançou (Gn 9.9-11), mesmo as que morreram ou que serviram de sacrifícios para remir o peregrino israelita sobre o trato da lei mosaica? Nós também achávamos isso por entender que o animal não tinha espírito e por ter somente alma seria ele apagado com o vento na história assim como achamos da folha seca, mas parece que a Bíblia diz o contrário e Robert Govett a partir deste livreto “mágico” no permite ver a beleza do Criador e tudo o que Ele desenhou.
É bem provável que você não aceite tudo o que está no livro ou mesmo discorde em absoluto, mas ficará com algumas porções bíblicas inexplicáveis e que ela esteja sempre por perto.
Quanto a nós DoPeregrino.com dizemos que este precioso livreto em Kindle é digno de “ir pra mochila” do peregrino, na verdade ele estará ou no bolso pelo celular ou no parelho Kindle em algum lugar, mas considerar ler tal obra será, definitivamente, não somente um ato de inteligência, mas um ganho no espírito.
Que o Senhor possa ser nossa Luz!
Equipe de Redação