Um Coração Puro – G. H. Lang

A importância de ter um coração puro diante de Deus. Como devemos aceitar a pureza com nossa mente e emoções? As considerações que devemos aplicar para que nosso ego seja tratado mediante os ajustes que precisamos experimentar dentro de nosso coração, para uma vida plena de santidade. Excerto extraído do livro The Clean Heart mais precisamente o capítulo 9 de autoria do senhor G. H. Lang.

Um Coração Puro – G. H. Lang. DoPeregrino.com

Todas as citação bíblicas são da Tradução Brasileira, 1917; revisada devido ao diacronismo da língua em 2010 (TB).

O Coração com a Mente, Emoções e Vontade

É glorioso até que ponto essa experiência de pureza de coração pode avançar, inclusive permeando completamente a mente, as emoções e a vontade.

Mente

Primeiro, em relação à mente. Conhecemos um homem que havia servido vinte e um anos no exército, e para quem a linguagem obscena havia se tornado sua fala natural. Ele pensava em juramentos e maldições; tais haviam se tornado seu vocabulário tão completamente que ele os proferia em sucessão, até mesmo, enquanto dormia. Algum tempo após sua conversão, sua esposa, uma mulher não convertida, assegurou-me que, desde a hora em que ele confiou em Cristo, nunca mais o ouviu usar um juramento de palavras de maldição, estando acordado ou dormindo. Ele não teve luta nessa questão, nem com o antigo desejo voraz por intoxicação e tabaco.

Aqueles que conhecem a extrema dificuldade de alterar seus hábitos de fala apreciarão que uma mudança tão repentina e completa é um trabalho puramente sobrenatural. Deus havia purificado a mente daquele homem as próprias palavras e frases habituais a ele.

Eu mesmo posso testemunhar que Deus removeu de minha mente o acúmulo imundo depositado por anos de leitura de literatura de baixo nível; de modo que, por muito tempo, embora possuindo uma memória retentiva, tenho achado quase impossível recordar coisas que então li, e elas há muito deixaram de surgir espontaneamente na mente. Não há necessidade de que as imagens sujas armazenadas na memória, ou geradas na mente, tenham o poder de se impor diante do olho do homem interior. É o “velho homem” que constrói essas imagens, ou as evoca das câmaras da alma, e o “velho homem” está morto, e, portanto, não pode mais convocar essas formas repugnantes.

Emoções

As emoções também podem ser purificadas com a mesma profundidade. A Escritura diz: “Toda a amargura e cólera, e ira, e gritaria, e calúnia sejam tiradas do meio de vós com toda malícia” (Efésios 4:31). Esses seis termos, nessa ordem, retratam a história de um conflito. Primeiro, há uma sensação de injustiça que, tendo permissão de persistir, se torna uma raiz de amargura. Se essa raiz for alimentada, ela se desenvolve em uma ira interna; e esse ardor latente e crescente se intensifica em uma chama de raiva; que, Quando essa situação é testemunhada por uma terceira pessoa, resulta na exposição do coração ferido diante dessa pessoa, de forma que em pouco tempo muitos podem ter ouvido a história, levando a fofocas e discussões intensas – um verdadeiro alvoroço. Neste momento, os dois envolvidos se encontram por acaso e há insultos e ameaças mútuas – uma troca de acusações; e, finalmente, o fogo se transforma em malícia, a realização de atos de vingança, ou a intenção de fazê-los quando houver oportunidade.

Coração Livre da Amargura

Agora, a exortação é que todas essas emoções sejam afastadas. Mas tendo um coração livre de toda amargura, apenas o amor e a bondade prevalecerão; de modo que, embora John Wesley certamente tenha exagerado na teoria da santidade, é verdadeiramente abençoado o resumo prático que ele oferece, afirmando que o que ele queria dizer com a santificação cristã era que é possível para o filho de Deus viver com nenhum outro sentimento no coração em relação a qualquer ser humano além do puro amor apenas.

O Coração Puro não é Apenas para os Avançados

Isso é o que Cristo ensinou; e não como uma conquista final para discípulos avançados, mas como uma lição inicial para os novatos, ao dizer: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44); pois é óbvio que em se tratando de amar seu inimigo, logo, terá seu coração alargado para amar a todos.

O Ego

Essa bendita liberdade de todo sentimento que causa amargura, irritação e ressentimento não pode deixar de resultar da deposição do ego como centro de pensamento e objeto de preocupação; o que é alcançado por meio da morte desse “eu” em Cristo. Pois é o velho homem que se sente magoado, se ofende, é ciumento de seus direitos, ressente-se das injustiças e assim gera miséria para si mesmo e causa danos aos outros. O novo homem não fica facilmente ofendido, pois não está focado em seus próprios interesses; e, buscando apenas o bem dos outros, ele prontamente e espontaneamente perdoa as ofensas, mesmo quando praticadas por aqueles em cujo bem ele está empenhado.

O Coração Quebrantado

Ele suporta em silêncio, espera com paciência, vence o mal com o bem, e não apenas não se deixa provocar facilmente (como na AV1), mas se recusa a ser provocado de todo (como na RV2), pois ele próprio busca provocar os outros ao amor e às boas obras. Esse amor é humilde; e por isso foi dito daquele que era o próprio amor encarnado que os homens não poderiam feri-lo mesmo ao tirar sua reputação, pois ele já havia se feito sem reputação.
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A Experiência não é Utópica

Que todos os cristãos que consideram essa matéria como a descrição de um sonho em vez de uma afirmação de uma possibilidade real, fiquem tranquilos sabendo que esse estado de coração certamente é declarado nas Sagradas Escrituras como possível, pelo próprio amor do coração de Deus sendo derramado em nosso coração (Romanos 5:5); e também que é a experiência jubilosa de muitos outros de natureza e provações semelhantes as deles.

E não é nada mais do que é expresso na oração frequentemente feita quando cantamos o conhecido hino de Wesley:

Oh, por um coração para louvar meu Deus,

Um coração liberto do pecado;

Um coração que sempre sente o teu sangue

Tão livremente derramado por mim.

Um coração resignado, submisso, manso,

O trono do meu grande Redentor,

Onde somente Cristo é ouvido falar,

Onde Jesus reina sozinho.

Um coração humilde, quebrantado, contrito,

Crendo, verdadeiro e puro;

Que nem a vida nem a morte podem separar

Daquele que habita em seu interior.

E cheio de amor divino;

Perfeito, justo, puro e bom,

Uma cópia, Senhor, da tua!

Marque tua natureza, gracioso Senhor!

Venha rapidamente do alto,

Escreva teu novo nome em meu coração,

Teu novo e melhor nome de amor.

 

Notas
1 Versão Autorizada Inglesa.
2 Versão Revisada Inglesa
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