As Duas Naturezas de Cristo – Como o Senhor Jesus poderia ser Deus e Homem ao mesmo tempo

Estudo sobre os fundamentos com os irmãos em Piraju; nesta parte foi abordada as duas naturezas de Jesus. O estudo se desenvolveu em formato de reunião, que mais tarde derivou este artigo que segue. Entendemos a grande importância dessa matéria e devido a isso estamos disponibilizando esse post e o PDF do artigo para download ao final da página.

As Duas Naturezas de Cristo

Sumário

As Duas Naturezas do Senhor

O assunto das duas naturezas do Senhor tem sido de alguma maneira discutido, o que é positivo, pois aproxima esse assunto aos muitos irmãos. Contudo, tenho percebido que ainda há muita confusão, e várias conclusões diversas que, na verdade, representam um perigo significativo. A maioria dos cristãos compreende a divindade de Cristo sem maiores problemas, tanto entre os católicos romanos, ortodoxos, Igreja Oriental e os evangélicos protestantes. Isso é muito bom. No entanto, há percepções que se misturam e tornam o assunto inconclusivo em muitos aspectos.

Neste caso, os teólogos parecem mais complicar  do que resolver as dúvidas do novo convertido, utilizando expressões e palavras-chave de difícil compreensão. Acredito que seria melhor deixar essas coisas de lado, mesmo que isso signifique tornar o papel do professor ou discipulador mais simples. O importante é que a verdade seja compreendida de forma mais clara.

Embora alguns termos possam aparecer nesta matéria, eles serão tratados de forma periférica. Nosso principal objetivo é transmitir a verdade teológica da maneira mais simples possível. Posteriormente, após os cristãos terem alcançado certo entendimento por meio da leitura anterior, podemos abordar algumas terminologias técnicas. Portanto, apresentaremos essas terminologias no final deste artigo, pressupondo que o leitor já tenha adquirido o devido entendimento prévio.

Jesus é Deus-Homem

Jesus é Deus e Homem, e não vamos discutir esses dois aspectos neste momento [faremos isso oportunamente]. O que devemos fazer agora é conciliar essas duas naturezas em uma única pessoa. Dessa forma, o leitor que ainda não se aprofundou nesse tema poderá compreender que essa discussão foi abordada nos grandes concílios da história da Igreja, em particular, o Concílio de Calcedônia. Nesse concílio, foram discutidas as duas naturezas do Senhor. Para compreensão da terminologia teológica, a união das duas naturezas é conhecida como: “União Hipostática”.

Qual era a Divergência Acerca das Duas Naturezas de Cristo

Para sermos objetivos – lembrando novamente que o leitor pode aprofundar-se na questão histórica e nas diversas terminologias teológicas – vamos abordar o entendimento do problema. Houve um grupo que defendia que as duas naturezas do Senhor funcionavam de forma a anular uma a outra; alguns afirmavam que Sua natureza divina prevalecia, tornando Jesus como um ser especial capaz de realizar ações além das capacidades humanas, ou seja, colocando de lado Sua humanidade para agir como Deus. Dessa forma, Sua substância humana precisava ser anulada a tal ponto que Ele não fosse verdadeiramente como os outros homens. 

Tal conclusão foi possível porque em Filipenses é dito que ele veio em “semelhança” de homem (Fp 2.7) e não como homem verdadeiro. Mas isso foi devido a não compreenderem que a Bíblia estava tratando do Pecado.

Jesus em tudo foi como o homem exceto no Pecado original, assim seu corpo era 100% humano ao ponto apenas de NÃO haver o Pecado em sua natureza; Jesus poderia se quisesse ter o corpo de Adão antes da Queda que além de não ter pecado era poderoso ao ponto de um homem sozinho lavrar um jardim amplo e gigantesco. Mas, Jesus aceitou a humilhação do corpo humano na questão da limitação, precisando comer; dormir; beber; descansar; trabalhar; exercitar-se; aquecer-se. Porém em tudo sem pecado.

Seu corpo humano, por exemplo, jamais foi acometido por qualquer enfermidade, Jesus nunca ficou doente, seu corpo era santo não tinha os efeitos da Queda, mas o Senhor quis que seu corpo fosse restringido, igual dos homens caídos, mas sem pecado. Por isso Jesus teve fome. Dormiu. Cansou-se. Sentiu frio e calor. Sentiu dor e vergonha. Se o Senhor viesse com as sensações adâmicas do primeiro homem antes dele comer aquele fruto proibido, Jesus não sentiria as coisas que os homens caídos sentem. 

É devido a isso que a palavra semelhança em Filipenses 2.7 deve ser considerada, pois o Senhor poderia ter evitado essas fraquezas humanas advindas da Queda. Adão antes de pecar, muito provavelmente, não as tinha. 

Devido a essa compreensão Paulo diz que Ele veio em semelhança de carne pecaminosa em Romanos 8.13. Isso só poderia ser em semelhança, jamais em igualdade e exatidão. Contudo, a semelhança, não ficaria só na aparência do homem, mas também nas limitações e fraquezas da carne humana.

Adão, por exemplo, era um super homem, ele podia nomear todos os animais, poderia suportar facilmente calor e frio sem se degradar, ele comia por prazer e não por necessidade, é dito que ele lavrava, e apenas ele, o jardim, ele não cansava da mesma maneira que nós, detinha um intelecto enriquecido sobremaneira, sua recuperação também era muito superior ao descansar. Muito provavelmente Adão deveria ter, antes da Queda, uma força e inteligência absurdas. Jesus não quis essa semelhança ainda que pudesse tê-la, afinal seu corpo não era adâmico do ponto de vista do Pecado. Aliás, Ele era o verdadeiro Adão, O Segundo e O Último.

Os que confundiam as duas naturezas na época dos Pais da Igreja, ou viam seu corpo como algo poderoso e espiritualizado ao ponto de ser indiferente à dor humana; ou viam um Jesus inclinado ao Pecado, porém, com algum esforço, Ele vencia as tentações, não pecou. 

O erro estava em não compreender a usia1 homem de Jesus. Embora reconhecessem Sua divindade, eles tropeçavam ao negligenciar adequadamente Sua natureza humana. Como resultado, chegavam as conclusões mais equivocadas possíveis, misturando essas naturezas ou considerando-as completamente separadas, o que implicaria que Jesus poderia cometer pecado. É importante lembrar que, embora esse entendimento tenha sido um erro da época, ele ainda é adotado por muitos evangélicos nos dias de hoje.

Alguém vai dizer: “você está querendo dizer que Jesus não poderia pecar?”, “Sim, não estou dizendo, estou afirmando com todas as forças da minha vida humana. Jesus não poderia sequer ter a menor chance de pecar, sequer chegar a uma distância que de tão mais próxima que pudesse ficar seria ainda inconcebível como a distância de galáxias. Jesus nunca poderia pecar e nunca sequer correu tal risco disso acontecer!”.

Você poderá dizer, “mas se é assim, por que Satã o tentou no deserto?”. A tentação não tinha o objetivo de fazer Jesus pecar, mas de haver o cumprimento da Escritura, para mostrar que o primeiro Adão pecou sob as condições mais favoráveis e o segundo Adão não pecou e saiu vencedor sobre Satanás debaixo das piores condições ainda que tudo estivesse contra Ele.

Por que Jesus não Poderia Pecar

Simples, porque Ele era Deus e Deus não peca!

Aqui estaria o outro erro na dedução das naturezas do Senhor, que Ele poderia em algum momento deixar de ser Deus para ser Homem.

Alguns diziam que Jesus fazia certas coisas como homem, e outras como Deus. Dando a entender que quando agia como homem sua parte divina era anulada, quando agia como Deus sua parte humana era anulada. 

Este é o erro de muitos cristãos, hoje. É certo que haviam coisas peculiares da condição humana que Jesus fazia, por exemplo, dormir; se ele dormia só poderia fazer isso porque era homem, uma vez que Deus não dorme. Mas quando Ele dormia sua condição divina não era anulada, estava ali Deus. Então, não era errado dizer que, por não haver separação de suas naturezas, no momento que Jesus dormia, O Deus-encarnado igualmente dormia, ainda que isso acontecesse por somente haver sua condição humana.

Quando falamos que Jesus suou sangue, pediu o afastamento do Cálice, quando chorou, ou quando se irou contra os cambistas do templo, toda sua parte divina estaria anulada. NÃO! Este é o erro e confesso que também o cometi no começo da minha carreira de fé. Eu vinha de uma denominação que não fazia a menor ideia dessas coisas e era comum sair menções enganosas quanto a este assunto. É nesta hora que podemos aprender muito com os católicos romanos, eles de fato compreendem isso muito bem (não estou me referindo aos católicos de IBGE). Os católicos entendem isso por herança da tradição que vieram dos pais da Igreja (e dos concílios)2 que neste quesito foram muito felizes.

Agora que sabemos que Jesus não poderia pecar a pergunta que podemos fazer é: qual a necessidade da tentação? Tal pergunta quer deixar no ar o seguinte: “Se ele poderia ser tentado, logo, ele poderia pecar, de outro modo qual necessidade teria de tentar alguém impossibilitado totalmente de ceder à tentação?” Uma resposta pode ser fornecida de modo muito claro. Haverá um dia que nos revestiremos de toda a natureza divina, não somente no espírito; mas também na alma e no corpo, quando chegar a ressurreição dos filhos de Deus. Neste momento em diante não poderemos mais pecar porque toda a natureza de Deus estará confeccionada em nós. 

Ele nos transformará e nossa filiação chegará ao apogeu. Daí em diante não teremos condições de pecar mesmo se houvesse um tentador, estaríamos totalmente inaptos de pecar. Muito provavelmente isso aconteceria com Adão e Eva se comessem do fruto da Árvore da Vida.

Contudo, Jesus já tinha isso em sua parte humana. Ainda que fosse o próprio Deus. Há uma incapacidade total de pecar. Jesus era impecador e impecável. A tentação foi muito mais pedagógica do que um risco sério. O sr. Campbell Morgan chega a dizer que se Satanás pudesse fugir daquele dia o teria feito3.

A Impecabilidade de Jesus

Alguns grupos da cristandade que vão surgindo e retalhando a Bíblia, aqui e ali, chegaram às conclusões mais absurdas.

Parte “Carnal” de Jesus

Alguns grupos chegam a afirmar que JESUS CRISTO teria sua parte carnal, alguns falam por ignorância; outros porque de fato consideram isso doutrinariamente. Parte destas afirmações surgem pelo fato de Jesus ter sido batizado por João. “Como Ele poderia ser batizado se não tivesse nada do que se arrepender?”. Alguns podem dizer que isso estava envolto em sua carne e o batismo poderia purificá-lo. Sendo a partir daí [para alguns] um possível poder “anti pecado”, justificando que a ida ao deserto foi somente após o batismo. Dando a entender que se acontecesse antes do batismo, JESUS poderia ter caído nas tentações do Inimigo.

Outros dizem que JESUS poderia pecar a qualquer momento e não o fez devido a muito esforço.

Outros ainda dizem que para JESUS não pecar foi muito fácil devido a Ele ser Deus. Confesso que este último embora distorcido é o menos perigoso de todos, pois admiti-se, ainda que seja, a partir de um erro, que Jesus não poderia pecar.

Uma vez tive uma tremenda infelicidade de ouvir um pastor pregando — tentando explicar o pedido de afastamento do cálice no Getsêmani —: “aquela foi a parte de Maria n’Ele falando mais alto”. 

Pois é, às vezes, irmãos podem ouvir isso. Aquele pregador quis dizer que a parte carnal de Jesus falou mais alto, aquela que Ele, supostamente, teria herdado de Maria. Isso prova que ele não apenas acreditava que Jesus poderia pecar, mas também que Ele tinha a natureza do Pecado, tornando-O assim um homem carnal e sujeito às fraquezas da carne. Esse entendimento de que Jesus tinha a natureza carnal do homem caído é comum a algumas outras denominações. Confesso que não sei se é por ignorância ou por doutrina, mas só o fato de existir tal entendimento nos deixa absolutamente tristes.

Esse é o momento que compreendemos o perigo de os fundamentos não serem precocemente ensinados na fase inicial da vida discipular. Se o problema não for combatido nesta fase, muitos terão certamente uma percepção errada da encarnação de Deus.

Jesus de forma alguma tinha o Pecado, Ele não somente não cometeu pecados como não tinha a natureza do Pecado. O seu batismo foi para cumprir a justiça de Deus e não para remi-lo de pecado ou para dizer que ele tinha sido purificado o suficiente para não sucumbir ao enfrentar as tentações satânicas do deserto. NÃO! Isso torna o cristão tão absorto no erro quanto ele achar que Jesus não é Deus. Pois como poderia admitir que o Deus encarnado poderia cometer pecados ou que tinha a natureza caída?! Se assim fosse, como ele poderia ser digno de pagar os pecados, uma vez que Ele mesmo os tinha, ainda que somente na questão da natureza caída?! NÃO! Mil vezes NÃO!

Outros dizem, a partir do jovem rico que o chama de bom, e Ele diz: “Por que me chamas de bom? Ninguém é bom, senão Deus…” (Marcos 10.18). Muitos utilizam essa passagem para dizer que Jesus se referia à sua natureza carnal, que não poderia ser chamada de boa. Além disso, seitas enganadoras se apoiam nesse texto não apenas para falar sobre a parte carnal de Jesus de Nazaré, mas também para usá-lo como um texto que supostamente declara que Ele não pode ser Deus. Pois, por um lado, Ele não é bom e somente Deus é bom, portanto, Ele não é Deus; e por outro, o fato de Ele não ser bom prova que Ele tinha a natureza do pecado. Duas verdadeiras aberrações teológicas, se é que posso usar o termo “teológicas”. É como disse antes, ter falhas na compreensão da encarnação de Cristo levará a ter falhas na compreensão de sua divindade.

O fato de JESUS declarar que: “por que me chamas de bom?”,  e: “não há bom senão Deus”, prova, na verdade, o fato dele ser Deus. Jesus não está dizendo que não é bom, mas está dizendo: “por que me chamas de bom?”. Se Jesus é Deus, logo, Ele é bom, porque Deus é bom. Ao dizer isso ao jovem rico estava declarando: “se me chamas de Bom creia que sou Deus”. Além disso, ele o procurava como um mestre da Lei para dizer as coisas de mestre da Lei, e Jesus, portanto cita os mandamentos, mas o jovem não poderia o confessar como “bom mestre” e sim como “Senhor meu e Deus meu” (Jo 20.28). 

Se Jesus não fosse verdadeiramente bom, como alguns sugerem quando afirmam que Ele deixou isso subentendido, então, Ele JAMAIS poderia chamar a Si mesmo de o “Bom Pastor” das ovelhas (João 10). A verdade é que Jesus estava indagando o fato de chamá-lo de bom e não o fato d’Ele não ser bom. 

Os problemas e as precipitações das passagens bíblicas fizeram alguns crentes terem as mais divergentes conclusões. Caro leitor, saiba que não haveria a menor chance de estarmos aqui se JESUS não fosse o Homem (sem pecado). E o cuidado para confeccionar o corpo humano de JESUS foi tão grande que a participação do homem foi totalmente excluída. Maria concebeu do Espírito Santo. Esse arranjo não foi à toa, o Homem-Deus que viria, não poderia ter a natureza caída de Adão. Portanto, o Ente no ventre de Maria é claramente chamado: Santo (Lc 1.35), e foi gerado pelo ESPÍRITO SANTO!

As Naturezas não se Misturam

Voltando à matéria principal, JESUS tem duas naturezas: a usia humana e a usia divina. Ele é Deus e é Homem. Ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem. Suas naturezas não se anulam, ao contrário se completam. Não se misturam, porém são inseparáveis.

O erro do 50% de cada Natureza

Não podemos afirmar que as naturezas de Cristo se misturaram, fundiram ou amalgamaram. Tal ideia nos levaria a fazer uma proposição matemática. Se considerarmos que o todo é 100%, então se as naturezas do Senhor se amalgamaram e houve uma mistura delas, concluiremos que Jesus seria 50% humano e 50% divino. Você poderá pensar, mas é isso! Está claro! Porém, Se assim o for teremos 3 problemas sérios, observe:

  1. Se Ele é 50% homem ele é um meio homem, até nós seríamos mais homem que Ele com este pensamento; quando falo homem é evidente que estou me referindo à natureza humana. Esse pensamento é insustentável, a menos que estejamos dizendo que Jesus não era um homem de fato, mas apenas se parecia com um. Claro, que houve no período dos pais da igreja, e há tal ensino até hoje.
  2. Se Ele é 50% Deus, também temos alguém que não é todo Deus, mas um meio Deus. Temos os problemas citados com relação à humanidade, agora com sua divindade; não à toa certos grupos heréticos dizem: “um deus”.
  3. Se Ele é 50% homem, ou seja, meio homem e 50% Deus, meio Deus. Então, ao fundir as duas naturezas obter-se-á o 100% que seria então uma terceira natureza, assim haveriam não duas, mas três naturezas. ISSO É UMA LOUCURA!

Portanto, muito claramente, temos que compreender que JESUS não é 50% homem, mas 100% Homem; não é 50% Deus, mas 100% Deus. De outro modo teremos uma terceira natureza.

Na verdade ele é o único verdadeiro Homem que pisou nesta terra, Adão poderia ser um homem completo de acordo com o propósito de Deus se não comesse do fruto proibido, mas da vida. Então, Adão em relação à usia homem representa o Velho Homem. JESUS era o Homem que Deus procurou e nunca havia encontrado. Ele é o que representa o Novo Homem. Ele foi o verdadeiro HOMEM. O Homem que trouxe toda a satisfação da criação a Deus em sentido totalmente completo. Não à toa o termo “Filho do Homem” lhe serviu em todo o seu ministério. 

A palavra “homem” na Bíblia usada sem especificação, não representa uma criatura humana, mas a substância humana; já a palavra filho do homem representa a substância humana em uma criatura humana. Por exemplo, quando a Bíblia fala que Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa, está referindo o primeiro à substância e o último a uma pessoa. Quando a Bíblia diz: “maldito o homem que confia no homem”, o primeiro se refere a uma pessoa e o último à substância. Assim como Deus. Deus além de Pessoa é também uma usia, ou seja, substância, a Bíblia geralmente usa o termo: “divindade” para retratar isso. Filho de Deus, portanto, é uma pessoa. Quando Jesus dizia de Si mesmo como sendo Filho de Deus falava de uma pessoa cuja substância era divina; mas quando dizia de Si como Filho do Homem, estava também se referindo a uma pessoa cuja substância era humana. A Bíblia o chama tanto de Filho de Deus quanto de Filho do Homem. É claro que no que se refere a Deus havia Sua relação filial com o Pai, mas quanto à Sua natureza divina, Filho de Deus se referia à Sua Pessoa, além de Sua substância.

JESUS era [e é] totalmente Deus, tão Deus quanto Seu Pai é Deus. Os Evangelhos, os Apóstolos, as Epístolas e o livro do Apocalipse dão mostras profundamente claras disso. 

Portanto, não há uma terceira natureza do Senhor oriunda de uma mistura, fusão ou amálgama das duas naturezas. Esse entendimento é errado, e você pode descansar na fé mais simples e singela de que o Senhor explicado em Sua própria Palavra é Deus totalmente e Homem totalmente em uma só Pessoa.

Como a Palavra de Deus Aponta as Duas Naturezas

A Palavra de Deus deve ser analisada de 3 formas: consideração dos fatos, observação do contexto e compreensão do princípio.

Fatos

Há fatos, contextos e princípios na Bíblia. Consideremos alguns fatos: Jesus encarnou-se no ventre de Maria. Isso é um fato nenhum cristão discute isso; o ente seria Santo, conforme o anjo disse. Não houve a participação do homem, isso também é um fato, todo cristão autêntico crê no nascimento virginal. O anjo diz também que ele seria chamado Filho de Deus, porque de fato era o próprio Deus encarnado. Com esses fatos temos que admitir que houve um arranjo sobrenatural na primeira vinda do Senhor.

Contexto

Podemos considerar vários contextos que apontam questões que descansam nos fatos. Vejamos alguns:

Quando O Senhor diz: “Eu Sou”, Ele está relegando essa expressão à sua essência eterna ainda que esteja falando em um corpo humano limitado. Quando tais palavras são ditas o contexto evoca que Jesus estava assumindo sua posição eterna diante dos judeus, ao ponto destes tentarem contrapor sua lógica alegando sua idade. “Como ele pode falar de Abrahão se nem 50 anos tem… (Jo 8.57)” Todos sabemos que o Senhor disse depois: “Antes que Abrahão existisse, Eu Sou”. O contexto está alegando fatos prévios, que o anjo já havia dito à Maria (…será chamado Filho de Deus). 

Quando tentam apedrejar Jesus em uma segunda ocasião os judeus dizem o motivo, porque Ele afirmava ser Filho de Deus, chamando Deus de seu Pai. Contextualmente o judaísmo não aceitava essa expressão, considerando que aquela afirmação O colocaria em pé de igualdade com Deus. Mais uma vez o contexto acessa os fatos, vejamos esse contexto:

“Eu e o Pai somos um” (João 10.30).

“E por isso, uma vez mais, os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo” (v. 31 – King James Atualizada).

“Mas Jesus os interpelou: ‘Eu tenho vos revelado muitas obras boas da parte do meu Pai. Por qual dessas obras vós quereis lapidar-me?. Os judeus responderam-lhe assim: Por nenhuma boa obra nós te lapidaremos, mas sim por blasfêmia, e porque, sendo tu um simples homem, te fazes passar por Deus.’” (vv. 32, 33 – King James Atualizada, grifos nosso).

Eu e o Pai somos Um foi muito forte de ser ouvido pelos judeus, eles pretendiam novamente apedrejá-lo, mas agora o agravante não era Ele dizer: “Eu Sou” como em João 8.58, e sim dizer que Deus era Seu Pai e que Ele era Um com o Pai. A conclusão dos judeus é altamente explicativa, e é correta, a questão é que eles tinham que crer nisso, e não matá-lo por isso. Um ponto importante a constatar das duas naturezas, foi que os judeus disseram: “(…) sendo tu um simples homem, te fazes passar por Deus”. Aqui estava a falha deles, este Homem era Deus, eles viram um homem, mas não viram Deus. O fato é que se eles compreendessem a divindade daquela pessoa que estava diante deles, eles ao mesmo tempo teriam que dizer Ele também é “homem”, logo, Homem-Deus.

É claro, my friends, que a Bíblia é repleta dessas notas poderosas de ressaltar que Jesus era Deus e era Homem, ainda que tal conclusão fosse obtida por dedução das falas ditas pelos próprios inimigos do Senhor, mas elas estão ali em abundância.

Princípios

O princípio difere do fato, uma vez que este descreve um evento verídico, enquanto aquele se refere a uma ideia ou conceito geral. Além disso, o princípio também difere do contexto, que se refere a uma situação específica na qual algo ocorre. Ao contrário do contexto, o princípio pode ser aplicado em diferentes situações, pois possui uma validade mais ampla.

Dessa forma, podemos entender que um princípio é uma diretriz ou regra geral que pode ser aplicada independentemente do contexto específico, enquanto os fatos se referem a eventos reais que ocorreram em um determinado contexto.

Agora com esta compreensão façamos uma pergunta: “existe algum princípio que diante dos fatos é capaz de aplicar infalivelmente as duas naturezas de Cristo?” Sim. Vejamos.

que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;” (Filipenses 2.6 – NVI).

O fato de Jesus ser Deus é algo indiscutível pela Palavra, porém aqui o fato não está investido em acontecimentos, Paulo não está contando uma história, ele está constatando uma veracidade: “sendo Deus”, é nesta hora que chamo tal constatação de princípio, pois isso pode ser tirado de qualquer contexto e o Senhor Jesus continuará “sendo Deus”.

A palavra grega para “forma de” morphe, indica a forma exata do seu ser; esta indicação de que Jesus em forma de Deus era Deus é a coisa mais verossímil possível. A ponto de isto ser uma realidade, independente de qualquer contexto, Ele sempre é e será Deus.

Mas a questão é que Jesus era homem também e seus opositores viram isso e por isso queriam matá-lO, pois como poderia um simples homem ser Deus?! Eles não O conheceram, não viram a Sua Luz e perderam de vista Aquele homem, mas muitos se ajoelharam inexplicavelmente diante d’Ele e o adoraram até quando Ele dizia crês no Filho do Homem? (Jo 9.35), alguém dizia: creio, até então era um Homem, mas depois (…) “E prostrando-se diante de Jesus, o adorou” (Jo 9.38). Reconhecia-se que estava diante de Deus.

Paulo em Filipenses ainda continha:

“E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!” (Fp 2.8 – NVI).

Não podemos excluir, por princípio da encarnação, o “sendo Deus”, como igualmente pelo mesmo princípio não podemos excluir “sendo encontrado em forma humana”. Assim sendo o princípio da encarnação do Senhor se dá seguinte forma:

Sendo Deus, foi encontrado Homem”. 

Este princípio é inabalável!

Jesus é Deus Homem

Então, prezado, friend, leitor que chegou até aqui, descanse com fé simples no seguinte: JESUS é Deus e JESUS é Homem. Inseparável, porém sem misturar-se. Duas naturezas, porém uma única Pessoa. Deus verdadeiramente. Homem verdadeiramente. O princípio regente é sempre: “Sendo Deus foi encontrado Homem”. Assim quando Jesus Homem nascia, igualmente nascia Deus. Assim quando Jesus Homem crescia, Deus igualmente crescia, pois o “sendo Deus” estava ali o tempo todo. Portanto Deus chorou em Jesus de Nazaré; Deus irou-se em Jesus de Nazaré; Deus exultou-se em Jesus de Nazaré; Deus angustiou-se em Jesus de Nazaré. 

Maria é Mãe de Deus

Sim, se o princípio “Sendo Deus foi encontrado Homem” ou Sendo Deus se fez Homem” não pode ser quebrado. Maria, portanto, foi mãe da parte encarnada de Deus, o que é chamado através da história da Igreja de Theotokos claro que não estou dizendo que Maria é de uma grandeza divina, ou que detinha usia divina, NÃO! De Forma Alguma! Mas é um fato concreto que ela é mãe de Deus, por que Jesus se fazendo homem não deixou de ser Deus.

De outro modo os magos que chegaram onde estava a criança não deveriam adorá-la, se adoraram aquele bebê, indica que o bebê era de fato Deus encarnado vindo do ventre da virgem. Oh! E como aqueles magos tiveram revelação, Simeão e Ana tiveram revelação do menino também. E de alguma maneira lhe prestaram culto, mas aqueles magos viajaram por muito tempo e de longa distância para ver uma criança de colo e adorá-la. Eles tiveram muita revelação, eles viram um pequeno bebê do qual todo o universo se curva.

“Um menino nos nasceu

Um filho se nos deu

E o Governo está sobre os seu ombros

E o seu nome será

MARAVILHOSO

CONSELHEIRO

DEUS FORTE

PAI DA ETERNIDADE

PRÍNCIPE DA PAZ” (Isaías 9.6)

Essa referência a uma simples criança nada mais revela que aquela criança era o próprio Deus e entre os nomes atribuídos a ela estavam “Deus Forte” e “Pai da Eternidade”. 

Aquele menino nascido não somente era eterno como era o Pai de toda eternidade. Ou seja, o Deus Forte e o Pai da Eternidade se encarnou. Agora Ele tinha uma mãe para seus cuidados humanos. O que posso fazer? Isso é uma verdade Bíblica! Não podemos negar que por causa da encarnação, Maria não foi somente mãe de Jesus de Nazaré, mas, também, do Deus encarnado, ainda que mesmo a encarnação de fato tenha sido pela geração do Espírito Santo que confeccionava na ventre da virgem aquele homem que viria a nascer. 

A pergunta que temos que fazer é muito simples e singela, aquela pessoa que nasceu de Maria é a mesma pessoa enquanto o Logos da Eternidade? O fato dela tomar a forma humana, torna ela uma pessoa diferente da que era na eternidade passada? Claro que não! Conforme o apóstolo disse em Gálatas: “Deus enviou seu Filho nascido de mulher” (Gl 4.4). Posso separar “Deus enviou seu filho” de “nascido de mulher”? A “menos que eu possa fazer essa separação, posso dizer que Maria não é mãe de Deus. Senão não posso, ainda que me soe estranho e que de alguma maneira tenha que concordar com o catolicismo romano. Não posso derrubar uma verdade teológica por qualquer zelo que seja. Realmente o catolicismo romano tomou o Theotokos e o elevou ao patamar da idolatria, infelizmente; mas o Theotokos em si não é errado do mesmo jeito que aparece na Bíblia a palavra: “mãe do meu Senhor” (Lc 1.43), e sabemos que Senhor – kyrios no grego – tem uma equivalência divina. Pois Jesus ao explicar porque em sua ordem divina ele não poderia ser chamado filho de Davi, ele diz: “Disse o Senhor ao meu Senhor”. O Segundo Senhor se referia a Jesus como Verbo, Aquele que ainda nasceria de mulher. Isabel prima de Maria usa o mesmo título que na Septuaginta, serve para cumprir as prerrogativas divinas. Isabel, simplesmente, não separou aquilo que é inseparável e nós devemos fazer o mesmo.

Esse foi o arranjo divino e temos que ser honestos quanto a ele e quanto à mulher que esteve envolvida nele. Sim, Maria é mãe de Deus, pois O mesmo que foi tido como Filho de Maria é o mesmo que é chamado Filho de Deus Pai. Se eu disser que Maria é apenas mãe de Jesus em sua figura humana, estaria primeiro, separando suas naturezas inseparáveis; segundo, dizendo que Jesus de Nazaré é diferente do Filho de Deus desde a eternidade. Se ambas essas suposições são impossíveis de se sustentaram, ou seja, suas naturezas divina e humana não se separam e o mesmo que nasceu de Maria é o mesmo Filho de Deus Pai, logo, Maria é mãe de Deus; entretanto, é claro que isto se deve, unicamente, ao processo de Deus se fazer homem.4

Deus Morreu

Muitos cristãos quando chegam no momento de fazer essa análise não ousam dizer que Deus tenha morrido em Jesus de Nazaré. O fato é que isto é complicado de analisarmos sem considerarmos o que estamos querendo dizer. Primeiro temos que reconhecer que Deus não morre jamais, aliás sua morte resultaria na morte de tudo. Seria verdadeiramente uma morte universal. Realmente não há possibilidade nenhuma de Deus morrer ainda que seja por um nanossegundo; pois ao votar a si de uma hipotética morte, não existiria mais nada e Deus certamente teria que fazer tudo novamente.

Mas o Deus Homem derramou seu sangue, e não sou eu que digo isso: 

Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue”. (Atos 20.28 – ARA).

Aqui vemos que Deus comprou a Igreja que seu próprio sangue, sabemos que esse Deus citado aqui só pode ser Jesus e na sua forma encarnada, não o Verbo da eternidade passada, nem o Pai, nem o Espírito Santo, pois o Verbo na eternidade passado, o Pai e o Espírito Santo, não sangram. Deus é espírito. Quem sangrou? Só pode ser o Deus o encarnado, o Deus-Homem. Se posso admitir que Deus sangrou pelo fato do homem sangrar, não posso deixar de admitir que Deus morreu pelo fato do homem morrer. É claro que ainda assim foi necessário JESUS entregar sus alma à morte. Mas Ele o fez e portanto morreu, se eu admitir que Deus não morreu neste momento corro o risco de admitir que JESUS não é totalmente Deus. Isso de fato é um erro. Voltemos ao inabalável princípio: “Sendo Deus se fez Homem”, tal princípio é inquebrável, Ele ao se fazer homem não deixou de ser Deus, portanto nem no momento que Ele morre Ele deixa de ser Deus. Deus morreu na sua encarnação.

Se Deus não Morre Meus Pecados não são Pagos

Os meus pecados eram uma dívida impagável se JESUS ao dar Sua alma na morte não o faz como Deus, como poderia meus pecados serem pagos?

Além disso para pagar os pecados de uma dívida entre Deus e o homem, considerando Jesus não Deus ou se não foi capaz de morrer como Deus, Ele seria na verdade uma terceira pessoa, e sua morte seria injusta, pois se puniria uma terceira pessoa que não tinha nada a ver com o problema entre Deus e o homem. Agora se Ele assume o problema, o enfrenta e o soluciona, Ele não somente é uma das partes como Ele é a solução das partes.

Se Ele morresse completamente como homem, sem Sua parte divina, Ele seria apenas um homem. Mesmo que essa forma humana fosse pura e santa, mesmo que houvesse a possibilidade de Deus criar um homem sem pecado, a pessoa mais pura da Terra, sem a parte divina envolvida na quitação da dívida, não haveria qualquer chance de restauração.

Aliás, a sua encarnação sendo adquirida por sua forma divina não foi somente uma escolha como uma necessidade porque JESUS teria que levar o Homem e Deus até às últimas consequências e seria por sua parte onde habita toda plenitude da divindade que tudo poderia ser possível, porque a dívida era uma dívida do tamanho de Deus, era dívida com Deus e para Deus. Nenhum homem, anjo, animal ou qualquer criatura poderia ser capaz disso. Se fosse um homem puro sem contaminação pagaria pelo pecado de si e não de todos os homens. Ou se por um arranjo divino esse homem não pecasse e não tivesse a natureza do pecado e, portanto, morresse para pagar pecados, seria possível ele fazer isso apenas por um homem, pois o valor dele seria equivalente a um homem; um homem pelo homem. Se houvesse uma criatura dessa natureza ela poderia ter a capacidade de pagar os pecados de alguém, mas teria que escolher entre os milhares de humanos, quem seria beneficiado por ele. Somente Deus poderia morrer por todos os homens. 

Portanto, não só Deus morreu, como se isso não acontecesse não haveria redenção. Na verdade Deus precisava morrer e para isso acontecer Ele se fez Homem! Oh! Meu Deus! Que é isso que Deus fez por nós?! Sim Deus morreu! E que bendita morte! A divina morte nos trouxe tão grande salvação. Deus adquiriu sua Igreja derramando Seu sangue. Deus nasceu; Deus cresceu; Deus sofreu; Deus derramou seu sangue; Deus morreu! Tudo isso para salvar a humanidade e restaurá-la de volta ao Seu propósito.

Sendo Deus foi encontrado Homem”, foi para que Deus experimentasse a morte e a dívida fosse paga. Qualquer coisa diferente de “Deus morreu” não poderia nos trazer tão grande salvação. Deus, definitivamente, foi até as últimas consequências para nos salvar. Qualquer tentativa de descrever tal coisa será sempre meras palavras diante do que de fato aconteceu. Nem mesmo toda eternidade seria capaz de nos explicar as entranhas desse amor! (João ao perceber isso não conseguiu descrever esse amor de outra forma que não fosse dizer: “de tal maneira” – Jo 3.16). Nunca saberemos de fato o que foi Jesus morrer para nos salvar, porque esse significado também é do tamanho de Deus. Só Deus tem capacidade de compreender isso. O Calvário foi a maior obra de todo universo. Apenas nos calamos, cremos e nos curvamos a um Deus que preferiu morrer por nós.

Credo de Calcedônia

Fiéis aos santos Pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade;

verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo,

consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado;

gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis;

a distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência;

não separado nem dividido em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo,

conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos santos Pais nos transmitiu.

Notas
1 Palavra grega que denota substância; composição; natureza.
2 É importante frisar que a Tradição em hipótese alguma pode sobrepor a Bíblia. Embora, ela em muitos aspectos nos ajude, também ela cometeu vários erros, uma vez que os pais da igreja tiveram várias conclusões precipitadas. Porém suas defesas apologéticas principalmente nos primeiro concílios foram de fato muito bem embasadas. Realmente aquele período foi um momento em que o Espírito Santo levantou grandes homens de Deus que trouxeram as melhores explanações na história da igreja sobre a Trindade, Divindade de Cristo, As Duas Naturezas do Senhor, e outras defesas importantes da fé que foram necessárias desde aquele período.
3 Mencionado no livro: “As Crises do Cristo”, publicado pela editora Tesouro Aberto.

4 Queremos deixar bem claro que com isso não estamos venerando ou prestando algum culto a Maria, como fazem nossos irmãos católicos romanos; mas estamos apenas constatando um fato da encarnação de Deus que não pode ser negado.

Abreviações
ara — Almeida Revista e Atualizada, 1993 Sociedade Bíblia do Brasil.
nviNova Versão Internacional, 2009, Sociedade Bíblica Internacional..
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