O Evangelho Sem Sangue

Quando Cristo não é mais suficiente

O Evangelho Sem Sangue – A. Friend

Sumário

Quão drástico os nossos tempos, pois ele nos permite ver a derrocada da Igreja nesse precioso Século da graça.

Alguns irmãos estão procurando avivamento. O “avivamento chegou” ecoa o “arauto”. O que vemos então? “Bençãos sem fim”. O Homem no centro. As Bençãos sendo pronunciadas com a mesmas palavras-chave: “O Senhor está neste lugar, eu posso sentir”; “Diga a Ele sua dor. Ele vai te curar”.

As sessões evangélicas não passam de um teatro que entretem com bençãos os espectadores. Nunca algo tão sério que é o ajuntamento dos santos, se convertendo em uma aglomeração de religiosos dos mais egoístas, cujo único foco é sair abençoado da reunião. Onde está o sangue remidor?! Onde está o sangue derramado requerido da mais alta justiça divina?! Quem conhece o espetáculo do derramamento de sangue por toda parte a fim de comprar os escravos das mãos maligna de um Inimigo voraz e destruidor?!

Conheci no meio as maiores táticas de atração de pessoas. Danças para os jovens; Teatro para as crianças; Encontro para os velhos; Chá para as mulheres.

Eu penso que a estratégia cabe bem no evangelismo, mas entre o santos estes entretenimentos se confundem com o sagrado, e sacralizar eventos é a coisa mais baixa que os cristãos podem fazer, é de fato saborear a “o pão da massa levedada pela mulher”.

Até mesmo certos encontros mais ortodoxos podem se enveredar por um caminho de aglomeração e bagunça.

Quando Paulo prega por horas àqueles irmãos, e um jovem cai do andar de cima e é tido como morto, não estavam em uma conferência, senão em um local, uma casa ampla é verdade, mas quão simples ainda era o fator de reunião, mesmo diante de um grande homem de Deus como Paulo. Ah! Antes que eu me esqueça o jovem [tido como morto] foi ressuscitado por Paulo.

A experiência mais digna de lástima é um evento com tudo menos a poderosa palavra ungida do Senhor. Já fui a muitos lugares quando era jovem e tinha acabado de me converter ao Senhor. Eu não me lembro de fato de palavras sopradas por Deus.

Os jovens costumam se retirar em períodos próximos do carnaval, é bem divertido é verdade, cheio de gracejos, boas piadas e encontros que acabam por fim em pecado.

O fato é que estes eventos sempre lotam, é como o natal, dizem que é o nascimento de Jesus, mas é visto de tudo menos Jesus.

Muitos jovens crentes de verdade se envolvem nisso perdem muita trilha da sua caminhada cristã e só vão perceber mais tarde quanto tempo perdido foram aqueles dias.

Eventos de grandes proporções também tem pouco proveito quando o pregador não anuncia Cristo Jesus e este crucificado. E não deve de fato fazer isso se quiser ter sucesso, pois tal pregação é loucura para mundo. O universo coach não consegue compreender o peso do pecado, a tragédia cósmica, a queda do Homem, o cativeiro da criação e a tão necessária obra de Redenção do nosso Substituto. Tudo isso é intragável para este público; pregar isso é o mesmo que acabar com muitas noites de muitos notáveis na plateia, modelos e artistas. Tal coisa não pode se pronunciada.

Não de se admirar que alguns já dizem por aí que não é há pecado, pois Deus já sabe de todas as nossa falhas e portanto já nos perdoou; uma hiper graça desmedida.

Se não bastasse essas atrocidades surgiu aqueles que apregoam um sucesso bíblico. Quero dizer, pegam a Bíblia para assegurarem sucesso. Uma trupe de garantidores de uma prosperidade falsa, que nega a vida e a união com Cristo em prol de fazerem da Bíblia um manual para enriquecerem. Quando acha que não há mais o que piorar surgem esses tais influenciadores financeiros, que se apoiam no Antigo Testamento para dizer que o sucesso é sinônimo da mais alta benção.

Essa é a antítese mais infeliz, pois eles colocam sobre Jesus e seu apóstolos as mais miseráveis vivências. Pois eles não tiveram nada. Jesus nasceu entre animais numa manjedoura; cresceu com seus pais com poucos recursos.

Certa vez alguém de uma organização muito conhecida devida aos préstimos da música que, felizmente conseguiu muitas vezes fazer canções cristocêntricas, graças a Deus por isso é verdade, disse que José pai de Jesus era um homem que nos dias de hoje seria como um grande engenheiro civil, um empresário do ramo de imóveis. Que tragédia, um abuso textual, na verdade; é possível notar os poucos recursos que tinham os pais de Jesus, que a oferta oferecida pelo primogênito foi uma rolinha, prescrita na Lei para quem fosse pobre.

Esses animadores de palco não tiveram condições mínimas de examinar as Escrituras antes de soltarem suas palavras desejosas de sucesso financeiro. Se lessem ao menos 2 Coríntios saberiam que entre que servem a Cristo há os que sofrem para que outros experimentem vida. Imputar riqueza e sucesso tanto a Jesus quanto a seus seguidores mais próximos é negar o sangue de muitos mártires sofredores.

Por que o Evangelho Precisa de Sangue?

O sistema religioso guiado pelos “Pássaros” pousados na “Árvore de Mostarda” não suporta o sangue, pois o sangue é único meio que liquida a força dos pecados.

O sangue também é a evidência de que Deus JAMAIS aceitará o pecado. O sangue retrata o caráter no julgamento drástico e justo ao que macula Sua santidade.

Não resta ao Senhor puro e santo qualquer outra coisa que não o julgamento do pecado o liquidando. Se tal coisa não correr o caráter justo de Deus será colocado em dúvida. E tudo que Deus é, é justiça. Nunca haverá no mesmo lugar, a justiça de Deus e o pecado!

O pecado tem que ser julgado e liquidado.

Um relógio quebrado assim o é porque lhe falta justiça. Quando se aplica justiça no relógio, ele volta a funcionar. O que seria aplicar justiça em um relógio quebrado? Seria expulsar o que é defeituoso nele. É tirar aquilo que faz ele ficar paralisado. Ao fazer isso diz-se que, o relógio foi “ajustado”. Note: “ajustar”. O que é ajustar senão inserir justiça?

Quando o evangelho apregoado nesta era de apostosia é anunciado sem o sangue, ele está dizendo que o pecado não foi julgado e que ele não tem importância. Desta forma o pecado não é exposto e o “relógio fica quebrado”. Eles dizem que tudo funciona bem e que está tudo certo. É que eles veem os acertos baseados numa coiencidência que infelizmente sempre acontecerá, pois este fenômeno faz, mesmo para um relógio quebrado, acertar ao menos duas vezes durante um dia. Um acerto falso. Um acerto não experimentável. Sem vida. Um acerto morto.

Olhai o sangue vertido. O cordeirinho foi abatido. Seu sangue está no umbral da porta. O sanguinário não pode requerer a morte, o sangue requerido já foi derramado e não pode ser derramado novamente a sede por sangue do anjo da morte está plenamente satisfeita, aquela porta anuncia: “fui subtituído”.

Apesar de Deus não poder perdoar o pecado, do mesmo modo que o relógio não pode perdoar a hora errada, e o doente não pode perdoar seu câncer, Deus não pode permitir o caos, sob pena da ordem do universo que se sustenta pela reta justiça divina, ruir completamente. Se Deus não for justo nada se sustenta a não ser Deus.

Portanto, o sangue é requerido. A morte é solicitada. Mas Deus ama de um modo incompreensível, assim Ele pune a Si mesmo para Sua justiça ser satisfeita e Seu amor mantido; e para que, haja sangue, Ele, então, Se faz homem. Não aceite o evangelho sem sangue.

Pods DoPeregrino.com

Série: Isso não vem de Vós Ep03

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